Há cinco anos, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi vítima de um atentado durante campanha eleitoral em Juiz de Fora (MG). Por decisão judicial, a faca utilizada por Adélio Bispo de Oliveira deveria estar em exposição no Museu Criminal da Polícia Federal, em Brasília. Não há, no entanto, previsão de quando o item será exposto.
O que aconteceu
De acordo com a PF, vários objetos, dentre eles a faca que perfurou o abdômen de Jair Bolsonaro, aguardam avaliação de especialistas para decisão acerca da sua exposição no Museu Criminal.
A faca ainda está lacrada em um envelope de armazenamento (visando a sua preservação) no acervo do museu, que reúne itens de casos célebres investigados pela corporação, afirmou a assessoria da PF ao UOL.
Em 2019, a 3ª Vara Federal de Juiz de Fora acatou pedido do (MPF) Ministério Público Federal e determinou que a arma usada no atentado fosse levada ao museu.
Na ocasião, o procurador federal Marcelo Medina argumentou que a intenção de preservar a faca “não se destina a fazer apologia do crime, nem por outro lado promover um culto à personalidade de Jair Bolsonaro ou preservar uma espécie de relíquia. Se trata de preservar a nossa memória”.
Relembre o caso
Símbolo da polarização política vivida no país, o atentado contra o então candidato à presidência Jair Bolsonaro, à época no PSL (União Brasil), aconteceu na tarde do dia 6 de setembro de 2018, em Juiz de Fora (MG).
Ele era carregado por apoiadores quando Adélio Bispo de Oliveira o atingiu com um golpe de faca na barriga. Bolsonaro recebeu os primeiros socorros na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, onde foi constatada lesões nos intestinos delgado e grosso.
Submetido a uma colostomia de emergência, o candidato à presidência foi transferido à Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No dia seguinte ao atentado, em 7 de setembro, ele foi transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Lá passou por uma nova cirurgia e permaneceu internado até 29 de setembro.
Em razão das consequências da facada, Bolsonaro não participou de debates e campanhas eleitorais nos meses seguintes ao episódio. A campanha presidencial concentrou esforços nas redes sociais por meio de publicações em texto e vídeos.
Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos, foi preso em flagrante e confessou o crime. Em 14 de junho de 2019, juiz Bruno Savino, da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora, considerou que o agressor é “isento de pena” e converteu a prisão preventiva em internação por tempo indeterminado na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande (MS).