Desde o começo do ano, 49 casos foram classificados como compatíveis com o diagnóstico da doença
“Os casos compatíveis correspondem a pessoas residentes em Itacoatiara (36), Manaus (7), Manacapuru (3), Parintins (2) e Nova Olinda do Norte (1). Não há óbitos relacionados à doença”, detalhou a FVS, em nota.
Um estudo feito pela Fiocruz Bahia e publicado revista científica Lancet Regional Health – Americas e concluiu que as toxinas são provenientes de microalgas ingeridas pelos peixes e crustáceos e que ficam acumuladas nos seus corpos. O trabalho apontou que as toxinas suportam o calor do cozimento.
Um boletim da FVS, publicado no final de agosto, fez um balanço de casos da doença da urina preta no Amazonas entre 1º de julho de 2022 até 31 de julho de 2023. Foram um total de 114 casos compatíveis com a doença de Haff. “Entre os casos compatíveis, 17% apresentavam, pelo menos, um fator de risco, como hipertensão e diabetes mellitus. Os indivíduos dos casos compatíveis tinham consumido pescados, como pacu e tambaqui”, explicava a nota.
A doença de Haff tem como principal característica o escurecimento da urina. A coloração se modifica por causa da rabdomiólise: lesões musculares que liberam substâncias tóxicas na corrente sanguínea.
Além do consumo de peixes e crustáceos contaminados com toxinas, a rabdomiólise pode ser causada também traumatismos, atividades físicas excessivas, infecções, consumo de álcool e outras drogas.
Segundo a FVS, os sinais mais frequentes, entre os casos compatíveis da doença da urina preta, são:
Nos últimos anos, surtos da doença da urina preta ocorreram no Amazonas, Bahia e Pará.