O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou em Nova Délhi nesta 6ª feira (8.set.2023) para participar da 18ª Cúpula do G20 –grupo que reúne as principais economias do mundo. Em 2010, no seu 2º mandato, o petista foi o 1º presidente de um país integrante do bloco a não participar da reunião. Ele decidiu cancelar a viagem de última hora por causa de fortes enchentes que atingiam o Nordeste.
Naquele ano, o G20 teve 2 cúpulas. A 1ª foi realizada em junho, no Canadá. Foi nesta que Lula não compareceu. A ausência foi mal vista pelos outros países. O então diretor do G8 Research Group e do G20 Research Group afirmou à BBC Brasil naquele ano que a decisão de Lula foi interpretada como “um boicote do Brasil ao G20”.
Na 2ª reunião de 2010, realizada em novembro, na Coreia do Sul, Lula compareceu e levou consigo a então presidente eleita Dilma Roussef (PT). Ainda assim, a participação foi considerada enfraquecida, com causa atribuída à ausência do petista na reunião anterior.
Para a cúpula deste ano o enredo tem semelhanças. Até a última 3ª feira (5.set.2023), mais de 20 pessoas morreram em decorrência de um ciclone extratropical que atinge Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em sua live semanal, Conversa com o Presidente, Lula prestou solidariedade aos que estão sofrendo com os efeitos das fortes chuvas.
Perguntado se, assim como fez em 2010, Lula poderia deixar de ir à reunião do G20 para prestar auxílios ao sul do país, o ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência), Paulo Pimenta, declarou ao Poder360 que não havia “nenhuma” chance de cancelar a viagem.
O principal motivo é o fato de que o Brasil assume, em dezembro, a presidência do bloco. No sábado, a programação contará com uma cerimônia simbólica de transferência da presidência, hoje ocupada pela Índia.
O mandato é de 1 ano. Na chefia do bloco, o Brasil será responsável por sediar a próxima cúpula, já agendada para 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro.
Além disso, deve organizar mais de 100 reuniões oficiais, que incluem cerca de 20 encontros ministeriais, 50 reuniões de alto nível e eventos paralelos, como seminários.
Créditos: Poder 360.