A taxa média de juro do cartão de crédito rotativo, em agosto, subiu para 445,7% ao ano. Em julho, estava em 441,3%.
A informação foi divulgada pelo Banco Central na manhã desta quarta-feira (27).
Desde dezembro de 2022 o custo de crédito nesta modalidade está acima de 400%.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) tem afirmado que os bancos continuarão buscando alternativas para baixar o juros do rotativo do cartão de crédito.
No começo do mês, a Câmara aprovou de forma simbólica o projeto de lei que estabelece as regras do Desenrola, o programa de renegociação de dívidas do governo federal. O texto prevê o estabelecimento de um teto de 100% para os juros do rotativo.
Segundo o texto aprovado, as instituições financeiras terão 90 dias para apresentar um plano de redução dos juros do rotativo e do parcelamento da fatura do cartão. O plano deverá ser aprovado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Em caso de descumprimento do prazo, será imposto um teto no acúmulo das dívidas do cartão de crédito — ou seja, rotativo mais parcelado — de 100%. Em outras palavras, os juros poderão, no máximo, apenas dobrar o tamanho da dívida.
O Banco Central, o governo e o Congresso têm atuado para reduzir os juros do rotativo do cartão de crédito. Uma mesa de negociação foi formada e deve apresentar soluções em até 90 dias.