O magnata Elon Musk reagiu com emoji rolando de rir ao ver em sua plataforma, X, o logotipo do jornal The New York Times alterado para The New Woke Times.
O termo “woke” é usualmente empregado para definir os famosos “militantes lacradores de internet”.
Seu conflito com o jornal se agravou há um mês, após compartilhar o vídeo de um encontro partidário na África do Sul em que cantavam, no estádio, “kill the boer”, mate o bôer, referência aos descendentes de colonizadores holandeses. Nascido no país e com família em parte bôer, ele questionou o presidente: “Estão incitando o genocídio de brancos. Cyril Ramaphosa, por que você não fala nada?”.
O chefe da sucursal do NYT em Joanesburgo, que estava no estádio, publicou no jornal, criticando Musk e o relacionando à “extrema direita”, que “a música não deve ser tomada como apelo literal à violência, segundo veteranos da luta anti-apartheid”.
O empresário acusou o NYT de “apologista de genocídio racial”. E foi então que se passou a perceber, pelo que falou um hacker anônimo ao Washington Post, um “delay”, um atraso, nos links para o jornal na plataforma —que parou após a revelação.
ESTADO DE GUERRA
No dia 12 sai a biografia autorizada “Elon Musk”, por Walter Isaacson, de “Steve Jobs”. O Wall Street Journal deu trecho sobre a compra do Twitter. Diz que Sam Bankman-Fried quis participar do financiamento, mas Musk não aceitou. E que o negócio foi acelerado para demitir e reduzir ganhos da diretoria anterior, encabeçada por Parag Agrawal.
Em passagem talvez mais significativa, relata o que ele teria ouvido de Shivon Zilis, executiva de uma de suas empresas e mãe de dois de seus filhos, durante as negociações para a compra da plataforma: “Você não tem que estar o tempo todo em estado de guerra”.
Créditos: Folha de S. Paulo.