Um jovem do interior do Pará viralizou, recentemente, ao mostrar o progresso de seu tratamento contra uma escoliose de 64 graus. No vídeo André Luis, de 19 anos, mostra o resultado de uma cirurgia realizada no Hospital Sarah Kubitschek, de Brasília. A publicação atingiu mais de quatro milhões de visualizações no TikTok em apenas cinco dias.
A escoliose é uma curvatura anormal da coluna. Formas leves do problema podem causar apenas desconforto, mas casos mais graves podem causar dores crônicas ou afetar órgãos internos. De caráter genético e hereditário, a escoliose pode surgir em qualquer fase da vida
“A escoliose me atrapalhava em praticamente tudo. Eu sentia dores intensas, não tinha uma noite de sono de qualidade e na escola não conseguia ficar muito tempo sentado pois sentia muita falta de ar”, lamenta André.
Ele conta ainda que o problema de saúde o fez sofrer bullying na escola. “Só que isso nunca me afetou, sempre fui um garoto alegre, carismático, obediente e muito amado por todos os mais próximos. Tinha certeza que encontraria ajuda para superar o problema”, afirma.
Tratamento escoliose
Desde 2017, André tem se tratado contra a escoliose. Primeiro, ele usou colete ortopédico e praticava pilates, mas não funcionou. Em 2021, o jovem, acompanhado da família, procurou um especialista em coluna, que lhe explicou sobre a cirurgia corretiva.
“Usei o colete por um ano e 18 dias, além de não funcionar, sofri muito bullying por conta dele. Até que fomos para Belém, lá o especialista em coluna pediu exames para serem feitos em Brasília”, conta André.
Arquivo Pessoal
Encaminhado à unidade do hospital Sarah, André passou um ano e quatro meses realizando exames até a realização de sua cirurgia. “Eu tinha 18 anos na época do procedimento cirúrgico. Sempre fui magro, mas perdi sete quilos depois da cirurgia – cheguei a pesar entre 37 e 38 kg. Não tive fisioterapia, mas depois de três meses, o médico me liberou para fazer natação e caminhadas longas”, afirma André.
Atualmente, ele pesa 14 quilos a mais do que no pós-operatório e tem uma rotina que inclui estudos e treinos de musculação.
“Meu pós-cirúrgico foi doloroso, foram várias noites sem dormir e vários dias sem dias sem me alimentar direito. No entanto, minha mãe, Altamira Ângela, sempre esteve lá comigo. Tenho muito orgulho de tê-la como mãe. Ela quem me deu forças para vencer todo aquele sofrimento”, desabafa André.