Em entrevista exclusiva ao Brado Jornal, o pré-candidato a prefeitura de Candeias Sargento Francisco, afirmou que o atual prefeito da cidade, Dr Pitágoras (PP), vem utilizando de forma irregular o precatório do Fundef. Francisco afirma que desde o início do mandato do atual gestor, entrou cerca de R$ 118 milhões, dinheiro que foi depositado com o objetivo de realizar o pagamento dos professores e até hoje não foi feito.
“Ele vem usando indevidamente esse dinheiro comprando equipamentos superfaturados”, disse o pré-candidato nesta sexta-feira (1).
“Uma empresa foi criada dia 22/05/21. Em junho, essa empresa com capital social de R$ 30 mil ganha uma licitação em Candeias no valor de R$ 1 milhão para fornecer livros para falar da cultura indígena”, continuou.
O sargento relatou uma situação ruim que um vereador de Candeias passou quando decidiu investigar sobre a tal empresa. Francisco afirma que o edil viajou para a cidade que a firma foi supostamente fundada e descobriu que uma cidadã era sócia e a mesma não tinha conhecimento do ato.
“O vereador Silvio Correia (PV) foi até a cidade Wenceslau Guimarães para saber se existia essa empresa. Chegando lá, não encontrou a empresa e descobriu que a sócia da empresa é uma servidora pública e agente de serviços gerais da prefeitura da cidade. Ela nem sabia disso”, disparou.
“A empresa apresentou um atestado de capacidade técnica falso. Essas coisas são manobras que eles estão criando para desviar o dinheiro de Candeias”, finalizou.
Desvio de dinheiro público: a saga do km mais caro do Brasil
O pré-candidato a prefeitura de Candeias, Sargento Francisco desencadeou mais uma parte da saga do “km mais caro do Brasil”, dando referência à compra realizada pelo prefeito da cidade, Dr. Pitágoras de uma obra de quase R$ 70 milhões para construção de uma pequena avenida de apenas 3 km de extensão. A contratação já está sendo investigada pelo MP.
O Brado Jornal teve acesso ao primeiro edital publicado no dia 12 de abril de 2021 pela prefeitura de Candeias, o documento indica que o valor estimado da obra era de R$ 10.557,810. Esse edital foi cancelado. [Confira ao final da reportagem]
Já no novo edital que foi divulgado alguns meses atrás, a obra custará cerca de R$ 57 milhões.
Para Francisco, é uma prova clara de desvio público, já que o primeiro valor divulgado é cinco vezes menor que o novo.
“Ele saiu de 10 milhões e pulou para 57 milhões. No contrato, ainda diz que poderá sofrer um reajuste de 25% [do valor]. Quer dizer que no final dessa obra, ficará um custo de R$ 74 milhões para três quilômetros. Isso aqui é desvio de recurso público, não tem como”, desabafou.
Créditos: Brado News.