O feriado do Dia da Independência do Brasil, comemorado no 7 de setembro, ganhou conotação política ainda maior nos últimos anos, principalmente durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Apoiadores do ex-presidente foram às ruas em grandes manifestações nos últimos dois anos, principalmente, onde o próprio Bolsonaro fez discursos inflamados em grandes centros do país. Neste ano, porém, na oposição ao Governo Federal, o grupo ligado ao ex-presidente defende um boicote aos eventos que vão ocorrer pelo Brasil.
Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro fez um convite nas redes sociais para que, no dia 6 de setembro, façam doação de sangue como ato simbólico em prol do país e que não participem das manifestações do 7 de setembro. O senador Flávio Bolsonaro, também filho do ex-presidente, pediu que a campanha permaneça durante o mês de setembro, já que há um grande número de doações agendadas para a mesma data. “Em vez de fazer nosso ato cívico durante somente um dia, vamos fazer durante todo o mês”, disse.
Algo parecido fez o deputado federal Nikolas Ferreira (PL/MG), que comparou ir ao 7 de setembro como “comemorar um aniversário após um velório”.
No Rio Grande do Norte, o deputado federal General Girão (PL) repostou vídeo de Flávio Bolsonaro falando também sobre o “boicote” às mobilizações de 7 de setembro e em prol da campanha de doação de sangue. “No dia 6 de setembro, vamos exercer a nossa cidadania e demonstrar amor pela nossa nação, realizando um ato cívico e de amor ao próximo. Vista sua camisa verde e amarela, procure um Hemocentro mais próximo da sua casa e doe sangue!”, postou Girão.
Através das redes sociais, vários perfis ligados ou simpatizantes ao ex-presidente estão indo aos perfis oficiais das Forças Armadas para fazer a campanha “fique em casa” no 7 de setembro. O foco é esvaziar as mobilizações que vão ocorrer em boa parte das cidades brasileiras.
A programação oficial do dia 7 de setembro no Rio Grande do Norte ainda não foi confirmada pelo Poder Público.