Cientistas da Universidade de Ohio e da Escola de Medicina do Sul da Califórnia, nos EUA, analisaram os hábitos de uso de vapepor adolescentes com uma média de 17 anos para entender o impacto do produto na saúde respiratória.
Segundo a pesquisa, nos jovens que admitiram ter usado o vape nos últimos 30 dias, as chances de ter falta de ar subiram 78%. A probabilidade de ter chiado no peito era 81% maior e a de desenvolver uma bronquite era o dobro da das pessoas que nunca fumaram na vida.
A pesquisa foi feita ao longo de quatro anos com entrevistas on-line e publicada na terça-feira (15/8) na revista Thorax. Ao todo, foram entrevistados 2 mil jovens em etapas divididas em quatro anos (2014, 2015, 2017 e 2018).
Entre os participantes, uma média de 12% afirmou ter usado o vape nos 30 dias anteriores, seja fumando tabaco ou maconha. A estimativa dos pesquisadores é que cerca de 15% dos alunos de ensino médio nos Estados Unidos sejam usuários de cigarros eletrônicos.
No grupo de jovens que fumaram no mês anterior à pesquisa, 28% declararam fazer uso diário do vape e 40% disseram usar o produto mais de 20 dias ao mês.
“É urgente pensar na regulamentação de cigarros eletrônicos para minimizar o impacto na saúde entre jovens”, diz a psicóloga Alayna Tackett, da Univesidade de Ohio, uma das autoras do estudo, ao site da universidade.
As substâncias são usadas em aditivos alimentícios para dar o “frescor” do mentolado sem o sabor de menta, mas não devem ser inaladas. Elas são encontradas também em produtos nos sabores de manga ou baunilha
Vape mais nocivo que o cigarro
O uso de tabaco e de maconha tradicional também foi registrado, sendo cada um deles usado por cerca de 20 a 25% dos jovens em cada uma das rodadas de pesquisa. Muitos dos participantes fazem uso concomitante das três formas de cigarro.