O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), quer que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste em relação a uma investigação que tem o deputado federal André Janones (Avante-MG) como alvo. Na quarta-feira 2, o magistrado determinou que o Ministério Público se manifeste a respeito.
No documento encaminhado à PGR, Fux afirma a necessidade de o órgão se posicionar em relação ao caso de “suposta prática de recursos públicos federais” em processo que tem como alvo Janones e a prefeita de Ituiutaba (MG), Leandra Guedes (Avante). Antes de administrar a cidade do Triângulo Mineiro, Leandra trabalhou como assessora parlamentar de Janones na Câmara dos Deputados.
O processo contra o deputado federal e a prefeita chegou ao STF em maio, informa o site da revista Veja. A ação foi encaminhada à Corte pela Justiça Federal de Ituiutaba em virtude do foro privilegiado de Janones.
“Abra-se vista à Procuradoria-Geral da República, para manifestação quanto à continuidade do feito”, afirmou Fux, em trecho do despacho encaminhado à PGR.
Natural de Ituiutaba, Janones foi acusado por um ex-assessor, em dezembro de 2021, de desviar o salário de um servidor do gabinete dele na Câmara dos Deputados — prática conhecida como “rachadinha”. Segundo o portal Metrópoles, a acusação fez com que a PGR abrisse apuração.
Na mira do STF, André Janones apoia Lula
Em seu segundo mandato como deputado federal por Minas Gerais, André Janones integra a base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Câmara dos Deputados. Em 2022, antes de se candidatar à reeleição para o cargo legislativo, ele chegou a se apresentar como pré-candidato à Presidência da República. O partido dele, contudo, resolveu integrar a coligação em apoio à candidatura do petista.
No período eleitoral, Janones foi responsável por disseminar desinformações sobre o então presidente Jair Bolsonaro e em favor de Lula. Ele chegou a falar, por exemplo, que iria “destruir Bolsonaro” porque, supostamente, estava em posse do aparelho celular de Gustavo Bebianno.