A Divisão de Homicídios investiga a morte do ex-vereador Jair Barbosa Tavares, mais conhecido como Zico Bacana, junto do irmão e do segurança, em um ataque a tiros em frente a uma padaria, em Guadalupe, na zona norte do Rio. A principal hipótese é de execução.
À imprensa, a sobrinha do ex-vereador, Joice Tavares, afirmou que Zico Bacana recebia ameaças constantemente e teria sido alvo de criminosos da região, inclusive a família dela já havia sido expulsa da própria casa por bandidos.
“Meu tio recebia ameaças todo dia. A gente sofria ameaças. Eles diziam que iriam matar, arrancar a cabeça do meu tio, fazer e acontecer”, disse.
Segundo ela, Zico Bacana não deixava o local por trabalhar em prol do bairro. “Meu tio não merece morrer com rótulo de miliciano. Ele era um policial, foi político, lutava pelo bairro, era um pai de família. E o meu pai, um homem trabalhador, íntegro, aposentado da Petrobras. Estavam lá tomando a cervejinha deles, não faziam mal para ninguém”.
Em 2020, Zico Bacana já havia sido alvo de outro atentado, durante a campanha eleitoral no bairro de Marechal Hermes, também na zona norte.
Ele foi PM e chegou a ser citado no relatório final da CPI das milícias, da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro). Além disso, prestou depoimento como testemunha na investigação da morte da ex-vereadora Marielle Franco.