Estudos já confirmaram a correlação entre algumas doenças e a saúde dos dentes e gengivas. Não é diferente com a doença hepática, que frequentemente envolve inflamação crônica do fígado. Essa inflamação é mediada por várias substâncias, algumas das quais podem afetar não apenas o fígado, mas também outras partes do corpo, como a boca, mais particularmente as gengivas.
Impacto na saúde das gengivas
A inflamação crônica associada à doença hepática pode criar um ambiente favorável para o crescimento excessivo de bactérias na boca. Isso pode levar à periodontite, uma forma avançada de doença gengival que afeta os tecidos de suporte dos dentes. Além disso, a imunidade comprometida em pacientes com doença hepática pode dificultar a resposta do corpo a infecções bucais, agravando ainda mais os problemas gengivais.
Um sinal comum de notar nesses casos é o sangramento das gengivas, que pode ocorrer quando a pessoa escova os dentes.
Deficiências Nutricionais
Além da inflamação, pacientes com doença hepática frequentemente enfrentam desafios na absorção adequada de nutrientes, incluindo vitaminas essenciais para a saúde bucal, como a vitamina K e a vitamina C.
A vitamina K, em particular, desempenha um papel crucial na coagulação sanguínea. A falta dessas vitaminas pode contribuir para a fragilidade dos vasos sanguíneos nas gengivas, levando ao sangramento.
Outros sinais a se observar
As gengivas não são a única parte da boca que pode soar o alarme. Veja outros sinais de doença hepática gordurosa que aparecem na boca:
- Lábios e gengivas descoloridos ou pálidos – danos no fígado podem levar à anemia, causando palidez;
- Língua avermelhada – toxinas que o fígado não consegue processar entram no sangue e podem alterar a aparência e a umidade da língua;
- Mau hálito – isso ocorre porque o fígado não consegue desintoxicar adequadamente as substâncias químicas do corpo;
- Boca seca – a diminuição da produção de saliva pode acontecer quando a doença hepática prejudica a digestão.
Catraca Livre