Regada a uísque, a conversa teve momentos em que ambos expuseram situações que os incomodam. Segundo aliados, Lira reclamou que não pode costurar um acordo com Fernando Haddad (Fazenda) e ter que negociar novamente com o Palácio do Planalto.
O presidente da Câmara, dizem aliados, também demonstrou preocupação com as agendas econômicas que precisam ser votadas no Congresso neste segundo semestre, que não se limitam apenas ao marco fiscal e à reforma tributária, mas também LDO e LOA.
Lula também aproveitou para dizer que o governo precisa ter tranquilidade e sinalizou que é difícil trabalhar estando sempre com a faca no pescoço.
A partir de agora, os dois pactuaram que não terão mais intermediários quando quiserem falar um com o outro. Apesar da reunião, porém, esta semana ainda será morna, sem grandes votações.
Há uma previsão para que os dois voltem a se reunir na semana que começa no dia 14, quando Marcos Pereira, presidente do Republicanos, estará de volta a Brasília. Vice-presidente da Câmara, o deputado revezou férias com Lira e só volta na próxima semana.