A luxuosa chegada de Neymar ao Al-Hilal foi garantida pelo empréstimo de um imponente avião, um Boeing 747 cedido pelo membro da família real saudita Alwaleed bin Talal. A riqueza do príncipe vem das participações em empresas públicas e privadas nos Estados Unidos, em países da Europa e do Oriente Médio, segundo a revista Forbes.
Além da aeronave (reformada para ter dois quartos e uma sala de jantar com capacidade para 14 pessoas, tendo autonomia de voo de 14 mil km), ele tem propriedade de partes da empresa de viagens Lyft, da rede social X (antigo Twitter), do Citigroup, da empresa de administração de hotéis Four Seasons Hotels & Resorts, do sofisticado Hotel George V em Paris e do Savoy Hotel, em Londres, todas as participações vinculadas à sua Kingdom Holding Company (KHC).
Atualmente, a fortuna dele é estimada em US$ 14,9 bilhões, posicionando Talan como a 117ª pessoa mais rica do mundo. Com o dinheiro, o bilionário decidiu investir na arte, sendo a pessoa que financiou a maior parte da coleção islâmica do Museu do Louvre. Segundo a agência Bloomberg, Talal também possui terras em Riad e arredores, um palácio de 420 quartos e outras residências avaliadas, por ele, em R$ 20 bilhões.
Talal chamou a atenção da comunidade internacional de investidores em 1991, quando investiu 590 milhões de dólares no Citibank, passando a investir também em empresas americanas de capital aberto, incluindo News Corp., Disney e Apple, anos depois de ter se mudado para o país, em 1975.
Em um de seus melhores momentos como investidor, a fortuna dele chegou a superar os 22 bilhões de dólares, em 2015, chegando a conquistar o posto de homem mais rico do Oriente Médio. Dois anos depois, porém, parte desse patrimônio se deterioraria por conta de sua prisão — a pedido de um poderoso então novo comitê anticorrupção, liderado pelo príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, primo de Talal.
O bilionário se formou na Menlo College, no estado americano da Califórnia, concluindo seu mestrado em Ciência na Universidade de Syracuse, em Nova York, antes de fundar a Kingdom Holding em 1980, segundo a revista Forbes. O príncipe também detém a maior parte da empresa de entretenimento em árabe Rotana, imóveis na Arábia Saudita, além de outros ativos, e fez até mesmo um site, no qual conta parte da sua história.
“Sua proeminência como empresário foi oficialmente reconhecida por centenas de publicações, como o The New York Times e a revista Time, que rotularam o príncipe como o ‘Warren Buffett árabe’”, diz o texto de apresentação.
Na página, Talal afirma que a “abordagem de investimento destemida, enraizada na avaliação meticulosa por uma equipe de investimentos de ponta, é uma fórmula que permitiu ao príncipe Alwaleed transformar um presente de trinta mil dólares de seu pai nas dezenas de bilhões que a KHC supervisiona”.
Créditos: O Globo.