A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) divulgou que pesquisadores da instituição recriaram o perfume que seria o preferido de Cleópatra, lendária rainha egípcia e uma das mais poderosas mulheres da história antiga.
Segundo a instituição, a fórmula foi desenvolvida com base em um artigo de cientistas alemães, que, mais de três mil anos depois, descobriram que a loção era composta por canela, óleo de balanos, resinas e mirra, uma resina extraída de várias espécies de árvores pequenas e espinhosas.
Segundo a professora Anelise Regiani, vários conhecimentos químicos foram utilizados no processo de preparação. O resultado também mostra a personalidade marcante da rainha.
“Tem um odor adocicado, por conta da mirra, mas também é bausâmico, pela presença da resina de pinheiro. Ele tem um toque especiado e amadeirado dessas duas canelas”, explica Regiani.
O Mendesian, como é conhecido o perfume, era tradicional entre as altas sociedades do Egito Antigo.
Segundo a química, Cleópatra era fã também das flagrâncias de rosas.
“Conta-se que quando ela foi ao encontro de Marco Antônio, ela perfumou as velas do seu barco com o perfume de rosas, pra que seu cheiro chegasse antes e já anunciando a sua chegada”, afirmou.
A flagrância está exposta na UFSC. A exibição aberta ao público “A química dos perfumes” também mostra outras curiosidades relativas ao mundo das fragrâncias.
Na visita interativa, integrantes do laboratório explicam sobre a história dos perfumes e até processos químicos que levam à extração de óleos essenciais.
Créditos: G1.