Em fevereiro deste ano, detectou-se na Indonésia uma nova cepa do Sars-Cov-2 — vírus da família dos coronavírus que causa a doença chamada covid-19.
A Eris, como ficou conhecida, é descendente da XBB, subvariante da Ômicron, e seu nome científico é EG.5.
Em 9 de agosto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que monitora a variante desde julho. No comunicado, a OMS define “a EG.5 e seus derivados como uma variante preocupante”.
Férias de verão podem ter facilitado a transmissão do vírus
Segundo artigo publicado na edição norte-americana da revista National Geographic, o aumento dos casos de infecção começou em junho, por causa da alta temporada no Hemisfério Norte. O número de viagens apresentou número recorde neste ano.
Ainda de acordo com o artigo, as altas temperaturas do verão nesse hemisfério também teriam contribuído para o aumento de infecções. Isso porque o calor faria com que as pessoas buscassem ambientes fechados, com ar-condicionado, facilitando a propagação do vírus.
OMS mapeia número e gravidade dos casos
Até 7 de agosto, a OMS identificou casos de infecção pela cepa Eris em 51 países. A China apresenta o maior número de casos (2247), seguida dos Estados Unidos (1356), da Coreia do Sul (1040), do Japão (814) e do Canadá (392).
A organização adverte que a variante tem se espalhado rapidamente mundo afora. No entanto, apesar de seu maior grau de contágio, a gravidade da doença covid-19 não tem sido influenciada pela nova cepa até o período averiguado (7 de agosto), segundo a OMS.
O comunicado conclui que, por suas características, “a Eris pode causar um aumento na incidência de casos e se tornar dominante em alguns países ou até mesmo globalmente”.