O presidente Lula (PT) afirmou nesta terça-feira (29) que criará um 38º ministério na primeira reforma ministerial de seu governo, prevista para este segundo semestre de 2023.
Trata-se do Ministério da Pequena e Média Empresa.
“Nós vamos criar, eu estou propondo a criação do Ministério da Pequena e Média Empresa, das cooperativas e dos empreendedores individuais”, disse o presidente em sua live semanal nesta terça.
Lula afirmou que a pasta servirá para “cuidar dessa gente que precisa de crédito e de oportunidade”.
Mas, na verdade, a reforma ministerial deste semestre deve servir, acima de tudo, para formalizar a entrada do Centrão, em específico o PP e o Republicanos, na Esplanada de Lula.
Os deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) são cotados há meses para encabeçarem a reforma.
Lula e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tinham reunião prevista em meados de agosto para tratar das trocas nos ministérios.
O único impasse para a entrada é a definição de qual ministério cada um assumirá.
Ainda em julho, o líder governista na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou que a entrada de Fufuca e Costa Filho estava “consolidada”. Na época, os dois deputados do Centrão havia se reunido também com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT).
A reforma ministerial se dará por meio de Medida Provisória, que precisará ser aprovada pelo Congresso posteriormente.
Até o momento, só houve uma única mudança na composição da Esplanada de Lula, a troca de Daniela Carneiro (sem partido) por Celso Sabino (União Brasil) no comando do Ministério do Turismo.
Carneiro entregou oficialmente o cargo em julho, após meses de conflito com o União Brasil. Em abril, ela tinha anunciado seu pedido de desfiliação do partido por racha no diretório estadual no Rio de Janeiro.
O União então forçou Lula a trocar o comando do ministério, que é um dos três na cota do partido, junto ao de Comunicações e de Integração e Desenvolvimento Regional.
O Antagonista