A Justiça de São Paulo acatou o pedido do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e determinou que uma mulher em prisão domiciliar, no interior paulista, voltasse ao regime fechado após publicar um vídeo nas redes sociais customizando uma tornozeleira eletrônica. Presa por tráfico de drogas, Camila Fogaça de Almeida viralizou no TikTok depois que publicou vídeos enfeitando com pérolas e cristais adesivos o aparelho de monitoramento.
No processo, a promotoria afirmou que Camila violou a lei que determina que o réu precisa “abster-se de remover, de violar, de modificar, de danificar de qualquer forma o dispositivo de monitoração eletrônica ou de permitir que outrem o faça”.
Em um dos vídeos, que acumula quase 30 mil de visualizações, Camila escreveu: “vamos mudar um pouquinho, quem gostou comenta aí”.
Camila passou nesta terça-feira por audiência e seria transferida para a Penitenciária de Pirajuí, onde cumpria pena anteriormente.
Ao UOL, a advogada de Camila afirmou que ela sempre cumpriu as normas impostas pela prisão domiciliar. “A defesa entende que não configura crime de violação de tornozeleira eletrônica, uma vez que aqueles adesivos são totalmente removíveis e em momento algum eles foram capazes de alterar o funcionamento do aparelho. Inclusive, tem um vídeo que ela mostra ela colocando os adesivos. É um adesivo simples, não utiliza nenhum material que poderia danificar o aparelho, como não danificou.”, afirmou Laila Estefania Mendes.
Nesta quinta-feira, Camila voltou a usar as redes sociais para comentar sobre o retorno à prisão.
O Globo