O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o arquivamento da investigação contra seis empresários que foram flagrados em um grupo de WhatsApp falando sobre a possibilidade de um golpe de Estado.
O arquivamento foi assinado por ele no dia 18 de agosto e alcança os empresários José Isaac Peres (rede de shopping Multiplan), Ivan Wrobel (Construtora W3), José Koury (Barra World Shopping), André Tissot (Grupo Sierra), Marco Aurélio Raimundo (Mormaii) e Afrânio Barreira (Grupo Coco Bambu).
Moraes considerou que “não foi encontrada nenhuma prova robusta” contra eles.
O ministro manteve, porém, a investigação contra Meyer Nigri (Tecnisa) e Luciano Hang (Havan).
A CNN procurou os envolvidos e aguarda retorno.
Em nota, os advogados de Wrobel, Miguel Vidigal e Maurício Romano, disseram que “a verdade prevaleceu”. Confira a nota na íntegra:
“Em virtude das notícias divulgadas no último ano envolvendo o Sr. Ivan Wrobel com supostos atos ilícitos, comunica-se que houve o ARQUIVAMENTO da investigação pelo Eg. Supremo Tribunal Federal.
1. O Sr. Ivan Wrobel participou de um grupo de aplicativo denominado “Empresários & Política”, razão pela qual teve seu nome envolvido em acusações de que supostamente financiaria atos golpistas contra o Estado Democrático de Direito.
2. O Inquérito Criminal durou cerca de 1 (um) ano, no qual os investigados sofreram uma injusta persecução penal, com bloqueios de contas bancárias; além de grande desgaste à sua honra, à de sua família e a de suas empresas.
3. A verdade, no entanto, prevaleceu.
4. No dia de hoje (21 de agosto de 2023), foi divulgada a decisão de arquivamento das investigações contra o Sr. Ivan, assinada pelo i. Ministro Alexandre de Moraes, reconhecendo que “a investigação carece e elementos indiciários mínimos” e que “a manutenção da investigação criminal sem justa causa, ainda que em fase de inquérito, constitui injusto e grave constrangimento”.
5. A defesa técnica do Sr. Ivan Wrobel sempre frisou a sua inocência e a sua idoneidade moral, o que restou provado.”
CNN Brasil