Após ganhos firmes verificados pela manhã, na esteira do movimento de busca por proteção nos mercados globais, o dólar à vista perdeu força ante o real à tarde e encerrou a terça-feira praticamente estável no Brasil, com investidores realizando parte dos lucros recentes e exportadores aproveitando as cotações mais altas para vender divisas.
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,8983 reais na venda, com variação positiva de 0,04%.
Na B3, às 17:18 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,05%, a 4,9190 reais.
O dólar iniciou o dia com alta firme ante o real, na esteira do noticiário internacional. As moedas de países exportadores de commodities, como o Brasil, eram penalizadas pelos dados fracos da balança comercial chinesa.
As importações da China caíram 12,4% em julho na comparação anual, conforme dados da alfândega, um resultado bem pior que a previsão de queda de 5% da pesquisa da Reuters e do declínio de 6,8% em junho.
Já as exportações recuaram 14,5%, em movimento mais forte do que a queda esperada de 12,5% e a baixa de 12,4% do mês anterior.
O cenário negativo era reforçado pelo corte, pela Moody’s, da nota de crédito de vários bancos pequenos e médios dos EUA e pela indicação de que a agência de rating pode rebaixar a recomendação também de instituições maiores.
Para completar, a cobrança de um imposto sobre o lucro dos bancos na Itália e dados de inflação considerados elevados na Alemanha ajudaram a direcionar os investidores a ativos de menor risco como o dólar, em detrimento das demais moedas.
Neste cenário, o dólar à vista marcou a cotação máxima de 4,9415 reais (+0,93%) logo no início da sessão, às 9h02, e se manteve em patamares mais elevados durante toda a manhã.
InfoMoney