O Flamengo está retomando com força a discussão sobre a construção de um estádio na região do Gasômetro, situado no Centro do Rio de Janeiro. Segundo o jornal O Globo, o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) informou a pessoas próximas que o clube contratou um CEO para liderar o projeto. Entretanto, de acordo com a reportagem, a operação da nova arena ainda aguarda a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Caixa Econômica Federal.
Uma das propostas que o Flamengo tem defendido é a edificação do estádio no terreno onde estava localizado o antigo Gasômetro, na zona portuária da cidade. Esse terreno pertence a um fundo imobiliário administrado pela Caixa, localizado na região do Porto Maravilha.
Os estudos a respeito foram iniciados pela Caixa no ano passado, levando à conclusão de que a doação do terreno não seria viável devido ao seu valor significativo. A alternativa mais plausível seria a venda do terreno, porém essa opção representaria um custo considerável para o Flamengo.
Entretanto, alternativas estão sendo exploradas, como a alienação do terreno, a participação do banco nos lucros da bilheteria, nos direitos de transmissão e na venda de jogadores. Há também a possibilidade de a Prefeitura do Rio oferecer alguma forma de compensação à Caixa em troca da concessão do terreno.
O tema retornou à discussão, com a expectativa de que o projeto possa finalmente avançar, após um acordo entre o Governo Federal e o prefeito Eduardo Paes para a revitalização do Porto Maravilha. Paes mantém alinhamento com o governo atual.
Além do próprio estádio, o plano abarca outras fontes de receita, como a criação de pequenos empreendimentos, como a Cidade do Flamengo. Esse empreendimento envolveria a formação de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE).
É importante lembrar que, em 2014, o Ministério Público, o Judiciário e os Tribunais de Contas apontaram superfaturamento e corrupção na construção dos estádios da Copa do Mundo realizada no Brasil. Em delações premiadas, executivos da Odebrecht confirmaram pagamento de propina para manipular a licitação das reformas do Maracanã, no Rio. Segundo um relatório do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio), foi identificado um superfaturamento de R$ 211 milhões nas obras.
Gazeta Brasil