O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados vêm denunciando uma devassa do Poder Judiciário sobre eles, principalmente, nos últimos meses. As reiteradas queixas de perseguição da Justiça por parte dos políticos conservadores ocorre à revelia de Lula e seus asseclas, que sempre se mostraram indiferentes a este fenômeno – interpretado por muitos como ativismo jurídico dos togados.
Desta vez, a espada da Justiça atingiu um deputado do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Glauber Braga, do Rio de Janeiro. Ele foi multado em R$ 1 milhão por promover um ato em solidariedade à deputada Marina do MST (PT), em Lumiar, Nova Friburgo (RJ), contrariando uma liminar expedida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que impedia a manifestação, por entender que o local não oferecia “dimensões urbanas” para sediar o evento.
O ato não teria ocorrido, embora o deputado tenha ido até o local, no domingo, dia do evento, para “conversar com as pessoas que não tivessem visto o cancelamento”, de acordo com o relato do parlamentar feito ao jornal O Globo.
A manifestação foi convocada após a deputada Marina do MST ser agredida por adversários políticos durante plenária em Lumiar.
– O oficial de Justiça me notificou e, na redação do ocorrido, ele diz que o ato não ocorreu. Mas ontem a conta foi zerada. Uma profunda arbitrariedade cometida pelo juiz e vamos representar contra ele no CNJ – disse Glauber Braga.
A decisão é do juiz Sérgio Roberto Emilio Louzada.
GLEISI HOFFMANN ATACA O JUDICIÁRIO
A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, atacou o Poder Judiciário e com veemência se posicionou contra a decisão, que para ela, trata-se de “abuso de poder”.
– Absurda a decisão do juiz Sergio Louzada de aplicar multa impagável e retirar cada real da conta do companheiro Glauber Braga. Agora só faltava essa, se criticar o Judiciário, olha no que pode dar. Isso é abuso de poder. Força, Glauber! – disparou a petista em sua rede social X, antigo Twitter.
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