A informação está em um relatório preliminar sobre o incidente e não é uma avaliação final. A principal teoria é que a explosão dentro da aeronave teria sido causada por uma bomba ou outro tipo de artefato que estava no avião, mas há outras hipóteses, como o uso de combustível adulterado.
Chefe do Grupo Wagner está na lista de passageiros de avião que caiu na Rússia
Autoridades das Forças Armadas dos Estados Unidos afirmaram ao jornal “New York Times” que acreditam que a queda do avião que levava o mercenário Yevgeny Prigozhin, na quarta-feira (23) foi provavelmente causada por uma explosão dentro da aeronave.
O jornal não publicou os nomes dos oficiais das forças armadas que fizeram essas afirmações. A informação está em um relatório preliminar sobre o incidente e não é uma avaliação final.
A principal teoria é que a explosão dentro da aeronave teria sido causada por uma bomba ou outro tipo de artefato que estava no avião, mas há outras hipóteses, como o uso de combustível adulterado.
As autoridades dos EUA ainda não conseguem dizer com certeza se Prigozhin realmente morreu, mas diversos oficiais dos serviços de inteligência dizem que é o que parece ter ocorrido.
Não há indícios de míssil
As Forças Armadas dos EUA informaram que não há indícios de que o avião tenha sido derrubado por um míssil terra-ar.
O porta-voz do Ministério de Defesa dos EUA, Pat Ryder, disse que “nenhuma informação que sugira que tenha sido um míssil terra-ar” e que as versões que mencionam essa hipótese são imprecisas.
Ele também falou sobre a confirmação da morte de Prigozhin: “Nossa avaliação, com base em vários fatores, é de que ele provavelmente morreu”.
Na quarta-feira (23), a agência do governo russo que atende emergências afirmou que um avião de pequeno porte havia caído nos arredores de Moscou e que todos a bordo haviam morrido (eram sete passageiros e três tripulantes).
A agência de aviação da Rússia então afirmou que, de acordo com a companhia aérea, Prigozhin estava no voo.
Por isso, presume-se que o líder mercenário morreu.
Keir Giles, especialista em relações internacionais, pediu cautela sobre os relatos da morte do chefe do Grupo Wagner. “Vários indivíduos mudaram seus nomes para Yevgeniy Prigozhin, como parte de seus esforços para ofuscar suas viagens, não vamos ficar surpresos se ele aparecer em breve num novo vídeo na África”, disse ele à agência de notícias Associated Press.
A história de Prigozhin
Prigozhin era o fundador do Grupo Wagner, um exército particular que foi empregado em diversas guerras –inclusive na guerra na Ucrânia.
Durante muitos anos, ele foi um aliado do presidente da Rússia, Vladimir Putin, mas os dois romperam em junho de 2023.
Prigozhin e o Grupo Wagner se indispuseram com o ministro da Defesa da Rússia e os chefes das Forças Armadas do país. Os mercenários se amotinaram e resolveram atacar a própria Rússia. Eles tomaram controle de uma cidade russa no sul do país, Rostov on Don, e derrubaram helicópteros do exército russo. Os soldados do Wagner começaram a marchar em direção a Moscou, mas essa ofensiva foi interrompida quando as duas partes chegaram a um acordo: em troca de imunidade, Prigozhin iria parar com o motim.
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