A Food and Drug Administration (FDA), agência regulatória dos Estados Unidos equivalente à Anvisa, aprovou pela primeira vez um remédio para tratar depressão pós-parto (DPP).
A pílula, chamada zuranolona, foi desenvolvida pela Sage Therapeutics, com sede em Massachusetts, e é a primeira medicação oral indicada para tratar a DPP em adultos. Até então o tratamento disponível consistia em uma injeção intravenosa aplicada por um profissional em algumas unidades de saúde.
Testes e esquema terapêutico
O esquema terapêutico da nova droga envolve tomar um comprimido diário durante duas semanas, diferentemente do outro único medicamento disponível para tratamento atual, o brexanolona, que recebeu aval da FDA em 2019.
O tratamento com brexanoloma, porém, não é amplamente usado, devido ao custo ($34.000 dólares) e à necessidade de uma infusão intravenosa de 60 horas em um hospital.
A zuranolona ainda não possui valor comercial, porém demonstrou funcionar mais rapidamente do que outros antidepressivos. A pílula deve ser consumida uma vez ao dia durante um período de 14 dias.
Sua eficácia foi comprovada com base nos estudos que indicaram que pessoas que tomaram o medicamento apresentaram menos sinais de depressão durante um período de quatro a seis semanas do que as que tomaram placebo.
Os benefícios, medidos por meio de um teste psiquiátrico, surgiram dentro de três dias para muitos pacientes. Os testes ainda mostraram que os efeitos colaterais do novo remédio são mais leves do que os da brexanoloma — que incluem sonolência, tontura, diarréia e fadiga, além de maior risco de resfriado ou infecção do trato urinário.
Estima-se que a depressão pós-parto afete cerca de meio milhão de mulheres em território americano todos os anos.