Morreu no Rio de Janeiro nesta quarta-feira (9) o diretor teatral, ator e apresentador de televisão Aderbal Freire-Filho. A morte foi confirmada por parentes.
O artista tinha 82 anos e estava internado no Hospital Copa Star. Ele sofria complicações no estado de saúde desde 2020, quando sofreu um AVC hemorrágico.
Era conhecido pela ousadia nas montagens — e também por defender a integração do teatro brasileiro com o de outros países sulamericanos.
Nascido em Fortaleza, Aderbal se formou em Direito, mas, desde os anos 50, fazia parte de grupos de teatro. Sua primeira direção é “O Cordão Umbilical”, de Mario Prata, em 1972. Um ano depois, dirigia um de seus grandes sucessos: o monólogo “Apareceu a Margarida”, de Roberto Athayde, estrelada por Marília Pêra.
Aderbal também criou o Centro de Demolição e Construção do Espetáculo (1989-2003) e foi membro do Conselho Diretor do Festival Ibero-americano de Teatro, de Cádiz, Espanha. Coordenou a comissão que criou o Curso de Direção Teatral, da Escola de Comunicação, da UFRJ.
Entre as peças que escreveu estão “Lampião, rei diabo do Brasil (1991)”, “No verão de 1996 (1996)”, “Xambudo (1998)”, “Isabel (2000)” e “Depois do filme (2011)”.
Desde o início dos anos 2000, Aderbal era casado com a atriz Marieta Severo, com quem teve várias parcerias profissionais de sucesso.