De ameaça a ministro a tentativa de golpe: relembre os atritos entre o grupo Wagner e Putin

O grupo Wagner, uma força paramilitar conhecida por sua proximidade com a Rússia, pode ter perdido seu líder. O chefe da organização mercenária, Yevgeny Prigozhin, está na lista de passageiros de um jato particular que caiu na região de Tver, ao norte de Moscou, na Rússia, o qual não teve sobreviventes

 

A possível morte de Prigozhin levantou hipóteses de que o avião em que ele deveria estar pode ter sido atacado ou sabotado pelo governo do presidente da Rússia, Vladimir Putin. O líder mercenário era desafeto do mandatário russo desde que os paramilitares articularam uma tentativa de motim, em 23 de junho

 

Nesse dia, as tropas paramilitares do grupo Wagner, então braço direito de Putin, marcharam rumo a Moscou, chegaram a quase 200 quilômetros da capital russa e depois recuaram. Eles começaram a retornar para sua base, em Rostov-on-Don, após uma ordem de Prigozhin

 

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O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou que houve uma negociação, seguida de um acordo entre as duas partes, intermediado pelo governo de Belarus. Antes de o acordo ser firmado, Putin afirmou que a tentativa de rebelião foi uma “traição” e chegou a prometer uma “punição”

 

Prigozhin conhece Putin desde os anos 1990, e fundou o grupo Wagner em 2014. Ele se tornou um oligarca rico ao ganhar contratos lucrativos com o Kremlin