Em estudo publicado no começo de agosto na revista científica Advanced Engineering Materials, cientistas chineses dizem ter criado um vaso sanitário impresso em 3D tão escorregadio que vai “aposentar” as escovas de banheiro. Ao contrário dos revestimentos antiaderentes tradicionais, o criado pelos pesquisadores este permanece escorregadio mesmo se você esfregar uma lixa nele.
Não há nada pior que usar um banheiro fora de casa e, após fazer o número 2, perceber que há cocô agarrado nas laterais do vaso sanitário. Se não tiver uma escova no local, a solução é torcer para ninguém usar a privada logo em seguida.
Mas agora, pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia de Huazhong, na China, apresentam a privada super escorregadia resistente à abrasão (abrasion-resistant super-slippery flush toilet, no original), que foi impressa em 3D usando uma mistura de grãos de areia hidrofóbicos e plástico. A impressão se deu por meio de uma técnica de sinterização (fusão) a laser para criar “uma estrutura porosa que pode receber lubrificantes para gerar uma propriedade super escorregadia e resistente à abrasão”, segundo o site americano New Atlas.
O vaso foi lubrificado com óleo de silicone, que penetrou profundamente no material e ficou “preso” nele de forma definitiva. Não pode ser retirado nem com uso de abrasivos.
De acordo com o site, os pesquisadores testaram a privada em miniatura com vários líquidos, como leite, iogurte, mel (altamente pegajoso) e mingau à base de amido, bem como diferentes graus de “fezes sintéticas pegajosas”. Eles descobriram que nada grudava no vaso sanitário. Eles fizeram um teste de descarga, passando oito litros de água pela tigela, e descobriram que não afetava a adesão.
A equipe então submeteu a superfície a 1.000 ciclos de abrasão com lixa, além de uma lima e uma faca. Ainda assim, a superfície se manteve super escorregadia.
Apesar de ser um produto muito esperado pelos consumidores de todo o mundo, os pesquisadores, citados pelo New Atlas, alertam que o processo de impressão 3D é bem diferente do método tradicional de fabricação de privadas, tornando improvável que as empresas tenham interesse em produzir o acessório de banheiro.
Fonte: Trends BR