Em uma disseminação recente de informação, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) trouxe à luz um ponto muito importante sobre os medicamentos genéricos no Brasil. Segundo a agência, os medicamentos genéricos, amplamente utilizados pelos brasileiros, não podem ser considerados perfeitamente intercambiáveis com os medicamentos de marca, e nem mesmo entre os próprios genéricos.
Essa orientação suscita dúvidas sobre a nosso conhecimento sobre o consumo de medicamentos genéricos no país. Isso levanta uma questão crucial para a saúde pública cuja reflexão deve ser tratada com a devida seriedade e urgência.
Por que a Anvisa defende a não intercambialidade de medicamentos genéricos?
A Anvisa ressalta que embora os medicamentos genéricos possuam a mesma substância ativa que os medicamentos referência, eles não devem ser intercambiados durante tratamentos. A razão para isso é que os medicamentos, mesmo que sejam genéricos, são produzidos com ingredientes de diferentes fornecedores, o que pode afetar a absorção, metabolismo e eliminação dos medicamentos por cada paciente.
O que Significa a intercambialidade?
“Intercambialidade” é o termo usado para troca de um medicamento referência pelo seu genérico. Apesar dos medicamentos genéricos passarem por um rigoroso processo de testes para provar a sua equivalência terapêutica, isto é, que possuem a mesma eficácia e segurança que o medicamento original, às variações em suas composições podem interferir na forma como cada paciente responde ao tratamento.
Como as farmacêuticas provam a intercambialidade?
Para que uma farmacêutica tenha permissão para fabricar um medicamento genérico, é necessário demonstrar à Anvisa, por meio de estudos científicos, que seu produto é terapeuticamente equivalente ao medicamento de referência. No entanto, como o mercado brasileiro conta com uma ampla variedade de medicamentos genéricos e similares, se torna inviável, segundo a Anvisa, realizar testes de intercambialidade entre todas essas diferentes opções, uma vez que seriam centenas de possibilidades.
Em suma, a notícia ressalta a importância da conscientização sobre o uso dos medicamentos genéricos no Brasil, afirmando a aderência ao tratamento prescrito pelo profissional de saúde, e evitando a troca autônoma de medicamentos genéricos entre si ou com os de marcas.
Catraca Livre