Em meio a crise da direita, Procuradoria do Estado pede multa por grave violação cometida pelo ex-presidente
A Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo recorreu em uma ação em que pede uma multa por uma violação sanitária de Jair Bolsonaro (PL) em São Paulo.
O órgão, que é ligado ao Governo do Estado comandado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), pede que Bolsonaro pague muito mais pelas infrações sanitárias do ex-presidente em 2021, quando fez motociatas sem máscara no meio da pandemia, violando as regras impostas pelo governo paulista, à época sob o comando de João Dória (PSDB).
Em primeira instância, Bolsonaro foi condenado a pagar R$ 524,59 aos cofres públicos paulistas pela infração às normas sanitárias de São Paulo.
Agora, o órgão comandado Tarcísio pede que seu principal cabo eleitoral nas eleições do ano passado pague R$ 43.653, ou seja, 80 vezes mais ou 8000% a mais do que o originalmente foi estabelecido. A informação é do Diário do Centro do Mundo.
O pedido é revelado em um momento de distensão entre o bolsonarismo e o governador de São Paulo, em especial após o apoio declarado do governador à reforma tributária do governo Lula.
Freitas se distanciou de Bolsonaro e criou um racha na direita paulista. O ex-presidente queria barrar o avanço da proposta e orientou os deputados do seu partido a votarem contra o processo.
Contudo, uma parcela dos deputados do partido de Bolsonaro acabaram votando a favor do governo Lula junto a Tarcísio, acelerando a aprovação da Reforma de Haddad.
Em evento público nesta quarta-feira, Tarcísio afirmou que “a direita não pode perder a narrativa de ser favorável a uma reforma tributária”. Bolsonaro alfinetou o governador, respondendo que “se o PL estiver unido, não aprova nada”.
Revista Fórum