O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos; foto), garantiu nesta segunda-feira (31) que a Operação Escudo, que prendeu líderes do crime organizado no litoral de São Paulo, deve continuar pelos próximos dias. A incursão, motivada principalmente pelo assassinato de um policial da tropa de elite da PM paulista, já causou a morte de dez pessoas, segundo a Ouvidoria da PM.
“Ontem a gente teve a prisão da pessoa que efetuou o disparo — que foi conduzida pela própria Rota até a delegacia de polícia”, disse Tarcísio em coletiva no Palácio dos Bandeirantes. “A operação vai prosseguir na baixada santista, e esse é um primeiro passo: nó vamos levar para a baixada santista o aumento de efetivo, unidade da Polícia Militar, para aumentar o efetivo e responder o anseio da baixada.”
“Nós não vamos deixar passar impune a agressão ao policial”, prometeu. “Não é possível que o bandido e o crime possa agredir o policial e sair impunenmente. Nós vamos investigar, prender, levar à Justiça, e ao banco dos réus.”
Ele também falou sobre a operação neste domingo na Cracolândia, que acabou com 15 presos — alguns deles presos pela segunda vez em uma semana. “A ideia é, por meio da tecnologia e do aumento de efetivo, ter um sucesso no combate à criminalidade.”
Questionado, o governador negou excessos na operação. “Não podemos permitir que a população seja usada. E não podemos sucumbir às narrativas”, disse Tarcísio, destacando que as forças de segurança do estado estão lidando com o tráfico de drogas. “A gente está enfrentando o crime organizado e a gente tem de ter consciência disso”, completou o governador, que elogiou o profissionalismo da polícia de São Paulo, “que sabe usar a força na medida que ela tem de ser usada”.
Segundo Tarcísio, houve uma atuação profissional que resultou em prisões. “Nós vamos continuar com as operações”, repetiu.
O Antagonista