A declaração ainda é consequência do desentendimento ocorrido entre ambas as partes.
Após o episódio em que alguns deputados interromperam o discurso do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em apoio ao texto-base da reforma tributária, contrariando o posicionamento do presidente Jair Bolsonaro, parece ter havido um retorno à harmonia na relação entre os dois.
Durante a solenidade da Revolução Constitucionalista de 1932, em São Paulo, no domingo, dia 9, Tarcísio afirmou que sempre será “leal” ao ex-presidente. Ele mencionou que é normal haver divergências em alguns pontos, referindo-se ao episódio mencionado anteriormente.
O governador afirmou que o presidente é um grande amigo e que eles podem discordar em alguns pontos sobre a reforma, o que é normal. Ele enfatizou sua lealdade ao presidente, destacando que sempre foi leal durante seu tempo como ministro. Tarcísio mencionou que conversou com Bolsonaro sobre a reforma antes do episódio e que tudo está bem.
Antes de se pronunciar publicamente, Tarcísio se encontrou com Bolsonaro em Brasília, onde resolveram o desentendimento. Segundo aliados, o governador disse ao ex-presidente que um amigo é aquele que diz o que o outro não quer ouvir e apontou que Bolsonaro errou ao afirmar que a reforma tributária seria uma reforma do PT.
Tarcísio também mencionou que o ex-presidente precisa orientar e controlar os deputados mais radicais para evitar comportamentos exagerados e não “enterrar talentos”.
No encontro, que durou três horas, Tarcísio afirmou a Bolsonaro que esse grupo de pessoas precisa estudar e conhecer profundamente os assuntos sobre os quais estão falando, uma vez que são representantes importantes, caso contrário, se perderão.
Bolsonaro, de forma mais contida, não fez comentários sobre sua estratégia, mas afirmou que trabalhará para modificar o texto da reforma tributária no Senado. Ele expressou o desejo de melhorar o texto juntos.
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