O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) publicou em seu perfil no Twitter, neste sábado, 1°, que o Senado vai ouvir a principal líder da oposição venezuelana, ex-deputada María Corina Machado, em breve.
Na sexta-feira 30, a ditadura de Nicolás Maduro — amigo do presidente Lula –, declarou a ex-parlamentar inelegível. Ela não poderá exercer cargos públicos por 15 anos, de acordo com a Controladoria-Geral.
“O Governo Lula age para barrar a oitiva, mas insistiremos”, escreveu o ex-juiz da operação Lava Jato. “María poderá falar sobre essa ‘democracia’ venezuelana que tenta impedir eleições livres.”
Segundo o órgão, María Corina cometeu irregularidades administrativas na época em que era deputada, de 2011 a 2014. A Controladoria-Geral impôs a mesma punição em 2015, mas com validade de apenas um ano.
Agora, o afastamento por tempo maior ocorreu porque María Corina apoiou sanções dos Estados Unidos contra Maduro. Essas ações não constrangem o governo brasileiro. Na quinta-feira 29, por exemplo, Lula relativizou o conceito de “democracia” para defender a ditadura venezuelana.
Nas redes sociais, a ex-deputada disse que tal decisão da ditadura bolivariana apenas mostra que o “regime sabe que está derrotado”.
“Agora vamos votar com mais força, mais rebeldia e mais vontade nas primárias”, escreveu a líder da oposição. “Aqui quem habilita é o povo da Venezuela. Até o fim é até o fim.”
Ela lidera as pesquisas para as primárias da oposição, que irão selecionar o candidato preferido dos venezuelanos para enfrentar Maduro em 2024.