Em meio a falhas na articulação política do governo federal, o relator da reforma Tributária, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), resolveu incluir na PEC a isenção de doações e transmissão de bens para Igrejas.
O dispositivo foi sugerido por integrantes da bancada evangélica na Câmara, que hoje tem em torno de 220 deputados.
Com essa mudança, Ribeiro e articuladores políticos do Palácio do Planalto esperam ter uma maior adesão do voto conservador, principalmente de deputados do PL. Hoje, a maioria do partido fechou questão contra o texto de Ribeiro. A maioria do União Brasil também promete votar contra o texto.
Do outro lado, o Republicanos – partido da Igreja Universal – resolveu se declarar a favor da reforma após as mudanças.
Para tentar atenuar a repercussão negativa junto a partidos de esquerda, o trecho também abre margem para a isenção das doações a instituições sem fins lucrativos e institutos científicos e tecnológicos.
As regras, no entanto, vão depender de lei complementar ainda a ser editada pelo Congresso.
A reforma tributária deve ser votada em primeiro turno nesta quinta-feira à noite. Os parlamentares mais otimistas acreditam que o texto pode ter até 370 votos.
O Antagonista