O humorista de esquerda Tiago Santineli, que “matou” o empresário Luciano Hang durante um show de comédia, tem longo histórico de militância política.
Crítico declarado da suposta bajulação de brasileiros à cultura norte-americana e europeia, Tiago omite o sobrenome verdadeiro — “Dos Santos”. Ele optou por usar “Santineli”, cuja origem é italiana.
O comediante usa as redes sociais frequentemente para promover as pautas de esquerda e para debochar de conservadores.
Em uma das publicações, por exemplo, Tiago celebra o aniversário de um ano da morte do filósofo Olavo de Carvalho. A comemoração contou até com um bolo de festa infantil.
O comediante também celebrou a “morte” de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. Para comemorar a derrota do então candidato à Presidência, Tiago divulgou a imagem de uma coroa de flores.
Humorista, ex-funcionário do governo e beneficiário do auxílio emergencial
Como roteirista, Tiago já escreveu peças publicitárias para órgãos públicos. Em, 2018, por exemplo, durante o governo Michel Temer, criou o material do programa “Educação Livre”, do Ministério da Educação.
Ele também produziu shows para o Superior Tribunal de Justiça, para o Banco do Brasil e para a Caixa Econômica Federal.
Durante a pandemia de covid-19, o humorista solicitou o auxílio emergencial para o governo Bolsonaro. Tiago recebeu 16 parcelas, segundo o Portal da Transparência. Ao todo, obteve R$ 5,1 mil.
Show cancelado e “ódio do bem”
Em maio, durante a onda de ataques a colégios do país, o humorista chegou a agendar apresentações em teatros escolares. Nas peças publicitárias, o humorista aparecia com uma faca nas mãos, ensanguentada. O show foi cancelado, em razão da polêmica.
“Saudade da época em que ninguém dava opinião sobre nada”
O humorista usa o Twitter como ferramenta de discurso político. Em algumas publicações, por exemplo, Tiago admite que preferiria viver numa época em que os cidadãos não manifestassem suas ideias.
“Saudade da época em que ninguém tinha opinião sobre nada e só queria usar a internet para compartilhar coisas saudáveis, como memes e vídeos de decapitação do Estado Islâmico”, escreveu, em 2018.
Defensor do politicamente correto, Santineli tinha em seu arsenal piadas racistas. Em publicação no Twitter, por exemplo, o comediante disse o seguinte:
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