Segundo os dados do IBGE, o preço do ovo de galinha teve um aumento de 23% em apenas um ano, sete vezes maior do que a inflação no período
O preço do ovo de galinha, um alimento muito comum no cardápio dos brasileiros, registrou a maior alta em uma década no Brasil, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Nos últimos 12 meses, o preço do ovo subiu mais de 20% – um aumento sete vezes maior do que a inflação oficial do país no período, de 3,16% (até junho de 2023).
Segundo os dados do IBGE, o preço do ovo de galinha teve um aumento de 23% em apenas um ano. As carnes e o frango, por sua vez, ficaram mais baratos, com quedas de preço de 6,7% e 3,9%, respectivamente.
Deflação em junho
Em junho, segundo o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, registrou deflação de 0,08%. Em linhas gerais, chama-se de deflação a queda média de preços de produtos e serviços, que ocorre de forma contínua. Trata-se de uma “inflação negativa” – ou seja, abaixo de zero.
Foi a menor variação para o mês de junho desde 2017, quando o índice teve deflação de 0,23%. E a primeira deflação em nove meses, desde setembro do ano passado, no auge do período eleitoral (-0,29%).
Alimentos
O resultado do IPCA no mês passado foi impulsionado pela queda nos grupos de alimentação e bebidas (-0,66%) e transportes (-0,41%), além de artigos de residência (-0,42%).
No caso do primeiro grupo, a queda foi puxada, principalmente, pelo recuo nos preços da alimentação em domicílio, que despencaram 1,07% após registrar estabilidade em maio.
Os principais destaques ficaram com as reduções de preços de óleo de soja (-8,96%), frutas (-3,38%), leite longa vida (-2,68%) e carnes (-2,1%). Batata-inglesa (+6,43%) e alho (+4,39%), por sua vez, subiram de preço.