O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse, nesta quinta-feira (6), que mandou mensagem para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para tratar sobre a reforma tributária, mas não foi respondido.
“Mandei mensagem e não fui respondido. Não liguei e não consegui falar”, declarou Lira, que expôs durante entrevista coletiva que não falaria sobre questões políticas, pela matéria ser técnica.
Lira defende que a reforma tributária é boa para o país, independente do governo. Bolsonaro, por sua vez, se manifesta contra, e afirma que a proposta de emenda à constituição (PEC) é do Partido dos Trabalhadores (PT).
O ex-chefe do Executivo pediu, na quarta-feira (5), para “aqueles que se elegeram com nossa bandeira de ‘Deus, Pátria, Família e Liberdade’” votem contra a PEC.
A CNN entrou em contato com Bolsonaro e aguarda retorno.
Tarcísio enfrenta clima tenso em reunião com PL
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), enfrentou um clima tenso nesta quinta-feira ao defender a reforma tributária durante uma reunião doPartido Liberal (PL).
Com posições divergentes sobre a reforma tributária, Bolsonaro e Tarcísio tiveram, inicialmente, uma conversa particular.
Segundo relatos feitos por aliados de ambos, Bolsonaro defendeu que a proposta não seja votada hoje, mas o governador ponderou a necessidade de fazer um aceno público com a sua aprovação.
Na sequência, o encontro foi ampliado. Tarcísio defendeu a aprovação da reforma tributária com alterações que podem ser feitas ainda nesta quinta.
Em seu discurso, de acordo com autoridades presentes, Tarcísio foi interrompido uma série de vezes por deputados bolsonaristas.
Em um certo momento, Bolsonaro e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, tiveram de intervir para deixar Tarcísio terminar o raciocínio.
No final do encontro, ficou o compromisso do governador paulista de levar a avaliação dos partidos de oposição a Lira.
Apesar da pressão de Bolsonaro para que o partido feche questão contra a reforma tributária, a cúpula nacional da legenda tende a liberar a bancada federal.