A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, não recebeu nenhuma informação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, sobre a investigação em curso na Corte que trata sobre o 8 de janeiro.
Em março, durante reunião no gabinete de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os distritais fecharam um acordo com o magistrado para o compartilhamento de provas colhidas na investigação. A única exceção colocada por Moraes era de informações consideradas sigilosas, que não chegariam às mãos dos distritais em hipótese nenhuma.
Ocorre que, passados quatro meses desde o encontro e o recesso dos parlamentares na Câmara Legislativa (CLDF), nenhum dado chegou. Um ofício será enviado pelos distritais requisitando o envio das informações, consideradas primordiais pelos integrantes da CPI.
“Não chegou nada, infelizmente. Vamos cobrar novamente do ministro. Ele (Moraes) é a pessoa que mais sabe das coisas nesse país. Ele sabe mais do que o próprio coronel Naime, por exemplo, o motivo dele ainda estar preso. Não queremos nada que seja tão absurdo”, disse o presidente, deputado Chico Vigilante (PT).
No encontro, Moraes disse que designaria um dos seus juízes auxiliares para ficar em comunicação com a Procuradoria da CLDF para o repasse de informações que possam surgir com os pedidos dos deputados.
O magistrado ainda pontuou nesse encontro que os distritais não poderiam obrigar o ex-ministro da Justiça Anderson Torres a depor. O momento agora é diferente, com o ex-ministro de Bolsonaro já solto, após Moraes decretar a liberdade provisória dele Torres, em 11 de maio. Ele deverá ser ouvido pelos distritais em 10 de agosto.
Correio Brasiliense