Evento ocorreu em AR3354, uma região particularmente ativa do Sol, e causou problemas na costa oeste dos EUA
Uma mancha solar gigante explodiu e causou breves e intensos apagões de rádio nos EUA, segundo registros científicos. A atividade ocorreu em AR 3354, uma região de manchas solares imensas e ativas.
Segundo a Nasa, a explosão desencadeada chegou ao nível X, o mais alto do índice que mede a potência de explosões do tipo, e carregou a atmosfera de partículas que impediram a propagação de sinais de rádio em toda a costa oeste dos EUA e em países do oceano Pacífico.
Mesmo antes da explosão, a mancha chamou a atenção de astrônomos, uma vez que cresceu vertiginosamente: menos de 24 horas após aparecer, em 26 de junho, a mancha já era cinco vezes maior que o planeta Terra. Dias depois, dobrou de tamanho.
Apesar da grandeza e atividade intensa, seus efeitos foram menos sérios do que poderiam, de acordo com previsões.
Porém, mais explosões do tipo devem ocorrer em breve, uma vez que a atividade solar está em um pico de 11 anos — parte de um ciclo esperado da estrela, com atividades de baixa e alta intensidade.
De acordo com o Observatório Real da Bélgica, a quantidade atual de manchas solares está em seu pico de 21 anos, com 163 manchas registradas por dia.
Explosões solares são causadas por atividade do campo magnético do Sol. As sucessivas explosões, reconexões e rompimentos do campo, quase sempre em regiões de manchas, que são onde a atividade magnética está no pico, causam os eventos explosivos. Quanto mais manchas, mais explosões solares ocorrem.
Em alguns casos mais agudos, o Sol lança muito material estelar diretamente no espaço, o que é chamado de “ejeções de massa coronal”, o que não ocorreu na explosão mais recente.
Se você gostou do espetáculo das explosões solares intensas, em 2015 a Nasa divulgou um vídeo que compila alguns dos registros mais espetaculares do tipo. Veja abaixo: