O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer criminalizar quem chamar políticos e ministros do Supremo Tribunal Federal(STF) de “ladrão”. O petista fez as declarações nesta terça-feira, 25, durante sua live semanal.
“Qual o direito do cidadão de achar que pode xingar, ofender, chamar alguém de ladrão sem nenhuma prova?”, perguntou Lula. “Toda vez que você entrar no lugar e alguém te provocar, esse alguém é 171 [estelionatário]. Quando o cara ofende, é porque é 171.”
Lula comenta desentendimento de Moraes com brasileiros
“Um cidadão que faz isso não é um ser humano, que você pode ter respeito por ele”, disse o petista, ao comentar o incidente envolvendo o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no Aeroporto Internacional de Roma, na Itália.
De acordo com o petista, o suspeito de ter se envolvido numa confusão com Moraes é “canalha”. “Se vale a moda desse cidadão, os ministros não terão mais sossego no Brasil, ou seja, o voto vai ter de ser secreto, para que ninguém saiba naquilo que o ministro votou.”
Uma mulher teria hostilizado Moraes, chamando-o de “bandido, comunista e comprado”. À PF, o magistrado informou que seu filho, de 27 anos, foi agredido por um dos manifestantes.
Alex Zanatta Bignotto, terceiro envolvido que foi identificado pela PF, prestou depoimento no domingo 16. Os três envolvidos serão investigados em inquérito por crimes contra honra e ameaça.
A providência de Lula contra suposto agressor de Moraes
Durante um evento com sindicalistas em São Bernardo do Campo (SP), no domingo 23, Lula disse ter tomado providências contra Roberto Mantovani Filho, suposto agressor de Moraes.
Familiares do juiz do STF também teriam sido hostilizados. Moraes esteve na Itália para palestrar no Fórum Internacional de Direito, na Universidade de Siena.
“Era empresário de uma empresa alemã”, observou o petista. “Entreguei o nome dele para o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz. Esse cara foi expulso do partido ontem, pelo Kassab.”
O presidente, contudo, não deu detalhes do tipo de punição que espera das autoridades estrangeiras contra o suposto agressor de Moraes. O homem atuava para uma companhia no exterior.