O infarto silencioso, também chamado de infarto subclínico, é um problema cardíaco grave que pode passar despercebido devido à falta de sintomas óbvios. Ele ocorre quando uma artéria coronária é bloqueada, interrompendo o fluxo sanguíneo para uma parte do coração.
Ao contrário do infarto convencional, em que a dor no peito é um sintoma evidente, o infarto silencioso ocorre sem sinais claros, o que pode ser perigoso, pois o paciente pode não ser capaz de perceber o que está ocorrendo.
Assim como o convencional, o ataque cardíaco silencioso é causado pelo endurecimento das artérias, excesso de colesterol e outros materiais gordurosos nas artérias, ou formação de coágulos sanguíneos em decorrência de hábitos não saudáveis como fumar, não praticar exercícios e seguir uma dieta pouco nutritiva.
Um estudo da American Heart Association estima que 20% dos infartos são silenciosos e a maioria das vítimas fica ciente da situação apenas quando vai ao médico fazer um check-up ou devido a outras queixas. No entanto, dependendo da extensão dos danos, esse tipo de ocorrência pode levar à morte.
É possível detectar um infarto silencioso?
Segundo o cardiologista Roberto Yano, embora os sintomas sejam sutis, é possível identificar um infarto silencioso por meio de uma avaliação clínica cuidadosa e de exames complementares. Os médicos, em geral, pedem que os pacientes façam o o teste que mede a atividade elétrica do coração e exames de sangue.
“Um dos principais desafios na identificação do infarto silencioso é que seus sintomas podem ser facilmente confundidos com estresse, ansiedade, fadiga, gastrite e outras causas”, compara o cardiologista.
Os sintomas são falta de ar, sudorese fria, sensação de desmaio, dor nas costas ou na região do estômago. Esse tipo de problema de saúde é mais comum em mulheres, idosos e diabéticos.
Colesterol elevado, obesidade, sedentarismo, tabagismo e estresse excessivo são alguns dos fatores de risco associados ao infarto silencioso.
É possível prevenir um infarto silencioso?
A prevenção é a mesma necessária para evitar um infarto convencional. É importante fazer os exames de rotina e controlar fatores de risco, como:
- Pressão arterial;
- Glicemia;
- Níveis de colesterol e triglicérides.
Manter hábitos de vida saudáveis – dieta equilibrada, exercício físico e sono reparador – também ajuda a prevenir infartos silenciosos.
“Além disso, pessoas com fatores de risco devem estar especialmente atentas à saúde do coração e fazer exames regulares para detectar precocemente doenças cardíacas”, alerta Yano.
Créditos: Metrópoles.