A Rússia atingiu portos ucranianos nesta terça-feira, 18, um dia depois de desistir de um acordo patrocinado pelas Nações Unidas para permitir que Kiev exportasse grãos. Além disso, Moscou disse que ganhou território na guerra, em uma área suas forças já estavam voltando à ofensiva.
A Rússia disse que atingiu o armazenamento de combustível no porto de Odesa, bem como uma fábrica de drones marítimos lá, como forma de retaliação aos ataques da Ucrânia que derrubaram a principal ponte rodoviária para a Crimeia, anexada pelo Kremlin em 2014.
Logo depois do ataque à ponte na segunda-feira 17, Moscou anunciou que sairia de um acordo de exportação de grãos, mediado pelas Nações Unidas há um ano, medida que órgãos internacionais alertam poder criar um cenário de fome no mundo. Kiev é um dos principais fornecedores de grãos do planeta.
O comando militar operacional do sul da Ucrânia informou nesta terça-feira que a queda de destroços e ondas de explosão danificaram várias casas e a infraestrutura portuária no porto de Odesa. As autoridades locais em Mykolaiv, outro porto, reportaram um incêndio sério ali.
Os ataques russos aos portos fornecem “mais uma prova de que o país-terrorista quer colocar em risco a vida de 400 milhões de pessoas em vários países que dependem das exportações de alimentos ucranianos”, disse Andriy Yermak, chefe da equipe presidencial da Ucrânia.
A Força Aérea da Ucrânia disse que seis mísseis Kalibr e 31 dos 36 drones foram abatidos. Moscou, por sua vez, disse ter frustrado um ataque ucraniano com drones na Crimeia, sem grandes danos. Também comunicou a reabertura de uma única faixa de tráfego rodoviário na ponte da Crimeia.
Seis semanas desde que a Ucrânia iniciou sua contraofensiva, concentrada no leste e no sul do país, a Rússia parece estar montando sua própria ofensiva terrestre no nordeste ucraniano.
O Ministério da Defesa russo disse nesta terça-feira que suas forças avançaram 2 km nas proximidades de Kupiansk, um centro ferroviário da linha de frente que foi reconquistado pela Ucrânia no ano passado. Kiev só reconheceu uma situação “complicada” na área.
Créditos: VEJA.