Com o acúmulo sucessivo de prejuízo ao longo dos últimos meses, o governo Lula fechou o primeiro semestre com um rombo de R$ 42,5 bilhões nas contas públicas, de acordo com dados divulgados na quinta-feira 27 pela Secretaria do Tesouro Nacional.
No primeiro semestre do ano passado, no governo de Jair Bolsonaro, houve superávit de R$ 54,3 bilhões (em valores corrigidos pela inflação, o saldo positivo foi de R$ 59 bilhões).
Em junho, o déficit primário foi de R$ 45,2 bilhões. Esse é o pior para o mês desde 2021, na pandemia de covid-19, quando o rombo foi de R$ 84,8 bilhões, em valores corrigidos pela inflação. No ano passado, o governo de Jair Bolsonaro registrou superávit de R$ 14,6 bilhões (R$ 15 bilhões, em valores atualizados).
Segundo o Tesouro, o resultado negativo em junho deste ano é fruto de uma redução real (descontada a inflação) de 26,1% da receita líquida e um acréscimo real de 4,9% das despesas totais, na comparação com junho de 2022.
O superávit acontece quando o governo arrecada mais do que gasta e o déficit é justamente o contrário: os gastos são superiores à arrecadação tributária.
Em entrevista coletiva, o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, disse que o superávit no primeiro semestre do ano passado foi quase R$ 100 bilhões superior ao deste semestre porque, em 2022, houve receita extraordinárias relacionadas relacionada à concessão da Eletrobras e ao pagamento de dividendos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Tesouro mostra aumento de gastos no governo Lula
Agora, em Lula, embora não haja queda estrutural da arrecadação, houve aumento de gastos, como o aumento do valor pago às famílias cadastradas no programa Bolsa Família, aumento das despesas com benefícios previdenciários e aumento da estrutura do governo. Isso contribuiu para o rombo
Segundo a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2023, a previsão de déficit para este ano é de R$ 228 bilhões, mas a expectativa do Ministério da Fazenda é terminar este ano com um rombo menor, próximo a R$ 100 bilhões.