O Google entrou com pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para arquivar o inquérito policial que investiga a big tech. A companhia foi acusada de supostamente abusar de poder econômico em campanhas contra Projeto de Lei (PL) 2630, conhecido como das Fake News.
No documento, a empresa afirmou ter certeza de “ter contribuído para o debate democrático de ideias, e não o contrário”, e alega que “não há quaisquer atos criminosos a serem investigados”. O pedido foi protocolado na terça-feira 4.
Em maio, o ministro Alexandre de Moraes mandou investigar diretores do Google e do Telegram por campanha contra o projeto, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Isso porque o Google exibiu em sua página inicial, para todos os usuários, uma “mensagem de alerta” contra o PL. Os internautas eram direcionados para um artigo de opinião do Diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas do Google Brasil, Marcelo Lacerda, que acusava o texto de “aumentar a confusão entre o que é verdade e mentira no Brasil”.
O inquérito revela que Google e Telegram teriam “lançado mão de toda sorte de artifícios em uma sórdida campanha de desinformação, manipulação e intimidação, aproveitando-se de sua posição hegemônica no mercado” para combater o projeto.
O pedido do Google
O Google afirmou que a empresa e seus representantes “jamais incentivaram ou participaram, de qualquer forma, de atos de disseminação de desinformação, discursos de ódio, apologia a crimes ou qualquer tipo de ataques a instituições públicas”, tampouco “realizou campanha difamatória contra o referido projeto de lei”.
“As manifestações da peticionária, seja por meio de textos em seu blog, seja por meio de frases na homepage oficial da companhia, sempre tiveram o objetivo de fomentar o debate para uma melhor reflexão e maturação do texto legislativo que, a seu ver, ainda merecia aprimoramentos”, justificou o Google, no pedido de arquivamento do inquérito.
Revista Oeste