No dia 8 de maio, o cristão egípcio Fady estava celebrando o seu aniversário. Uma semana depois, ele foi assassinado durante o trabalho por Mohammed, um radical islâmico. O extremista confessou para a polícia que matou Fady por causa da fé do cristão e descreveu em detalhes como cometeu o crime.
Mohammed havia entrado na empresa onde Fady trabalhava há pouco tempo. Ele foi contratado para dirigir uma escavadeira, já Fady era um arquiteto que estava na empresa há um bom tempo e trabalhava monitorando o andamento das atividades.
Na manhã do assassinato, no dia 15 de maio, os dois homens foram trabalhar. Mohammed estava cavando com os tratores e Fady estava no escritório, observando o andamento do trabalho. De repente, Mohammed virou a escavadeira e começou a atacar o cristão.
Fady tentou correr e se esconder, mas Mohammed foi mais rápido, o seguiu e o pressionou contra a parede e o chão. O extremista ficava indo e voltando com a máquina sobre o cristão e não parou até ter certeza de que ele estava morto. “Odeio os cristãos. Eu o matei porque ele era um cristão”, disse Mohammed à polícia.
O radical ficou preso durante quatro dias e depois foi encaminhado para uma clínica de cuidados mentais para receber tratamento. Esse é o álibi de inúmeros extremistas islâmicos para não serem presos quando cometem crimes como o apresentado e, no sistema judiciário egípcio, o argumento funciona. A família de Fady permanece inconsolável pela morte brusca do jovem cristão.
PERSEGUIÇÃO A CRISTÃOS NO EGITO
Cristãos relatam que a maioria das violações da liberdade de religião no Egito acontecem na esfera da comunidade. Os incidentes variam entre cristãs sendo assediadas enquanto andam nas ruas e multidões iradas de muçulmanos que unem toda a vizinhança para expulsar os cristãos, cujas casas e pertences são confiscados por esses grupos.
O Egito ocupa a 35ª colocação na Lista Mundial da Perseguição em 2023, que classifica os 50 países que mais perseguem cristãos no mundo.
Créditos: Portal Cidade.