O jornal O Estado de S. Paulo (Estadão) criticou nesta quarta-feira, 5, a “marcha petista” de “ganhar no grito” batalhas que perdeu no Poder Legislativo.
A mais recente investida do partido no Supremo Tribunal Federal (STF) tenta barrar a privatização da Copel, empresa de energia no Paraná, que segue o mesmo modelo adotado para a Eletrobras. Por ampla maioria, em três turnos, deputados estaduais já aprovaram o processo de desestatização da companhia.
“Mas os petistas querem agora um quarto turno, no STF, conforme deixou claro o deputado Arilson Chiorato (PT) ao final das sessões da Assembleia Legislativa do Paraná que legitimaram a operação do governo estadual”, observou o Estadão. “‘A partir do ano que vem, nós vamos retomá-la na Justiça, pelo governo federal’, anunciou o líder da oposição depois de sacramentada a derrota no Legislativo local, em novembro do ano passado.”
Segundo o jornal, “a marcha petista para reverter, na marra, decisões tomadas por parlamentares eleitos legítima e diretamente pela população é, acima de tudo, antidemocrática na essência”. “Por esse motivo o Judiciário deveria rejeitar liminarmente qualquer iniciativa dos partidos derrotados, salvo se estivermos diante de flagrante inconstitucionalidade, o que não acontece em nenhum desses casos”, defendeu o jornal.
Revista Oeste