Liesbet Collaert estava prestes a destruir sua vida. Ela havia chegado a São Francisco, Califórnia, apenas três semanas antes, como parte de uma viagem pela América do Norte com Karl, seu namorado de longa data.
Agora, Liesbet estava prestes a abandonar suas viagens (impensável), a abandonar o plano (fora do normal) e a abandonar Karl (inacreditável).
Por quê? Liesbet havia se apaixonado por outra pessoa e não conseguia parar de pensar que estava destinada a ficar com ele.
Era 2004 e Liesbet tinha 28 anos. Ela tinha conhecido o namorado americano, Karl, alguns anos antes, numa viagem à Austrália. Em seu país natal, a Bélgica, Liesbet era uma professora formada, mas, embora gostasse de seu trabalho, sua sede por aventura superava todo o resto.
Liesbet estava sempre pensando em maneiras de trabalhar na estrada, sempre planejando sua próxima viagem.
“Viajar sempre foi a prioridade”, disse Liesbet ao CNN Travel.
Quando Liesbet e Karl chegaram a São Francisco, eles planejavam ficar apenas uma semana. Eles estavam hospedados na casa de um amigo de Karl – um cara chamado Nik, dono de uma casa em São Francisco que ele havia transformado em três apartamentos. Nik morava em um dos estúdios e alugava os outros.
Naquele primeiro dia, depois de cumprimentar Nik e deixar sua mala no apartamento dele, Liesbet desceu as escadas para pegar um CD na campervan.
“Quando cheguei no quintal, fui recebida por dois cães lindos, incríveis e fofos abanando o rabo”, lembra Liesbet. “Eu estava totalmente encantada com eles, brincando com eles…”
Quando Liesbet olhou para cima, viu um homem parado na porta do apartamento térreo, sorrindo para ela.
“Oi, eu sou o Mark”, cumprimentou. “Mark Kilty.” Ele era o dono dos cães e um dos inquilinos de Nik – o morador do apartamento do andar de baixo.
Liesbet se apresentou, explicando que ela e o namorado estavam hospedados com Nik por alguns dias.
“Conversamos um pouco – e um pouco se transformou em uma hora”, recorda Liesbet.
A primeira impressão que Liesbet teve de Mark foi que ele era “um homem muito atraente, alto e de cabelos escuros” (“Fiquei mais atraída pela aparência dele do que qualquer outra coisa”, admitiu).
Mas depois de uma longa conversa, Liesbet decidiu que Mark também era “muito inteligente e falava muito bem”.
Mark tinha 33 anos e havia se divorciado recentemente. Ele cresceu na costa leste dos EUA, mas se mudou para a Califórnia no final dos anos 90 – ele era engenheiro de software e chegou bem na época do boom das empresas pontocom.
Mark estava muito feliz com sua vida – a separação da esposa não tinha sido fácil, mas ele adorava seu trabalho, seus cachorros e sua vida na Bay Area.
Mas quando Liesbet falou sobre suas inúmeras viagens e seu estilo de vida nômade, Mark ficou imediatamente fascinado. Era como se ela tivesse aberto uma janela para uma vida que ele nunca tinha sequer considerado, mas que o encantou imediatamente.
“Provavelmente, minha primeira verdadeira atração por ela foi o fato de ela ter um espírito livre e estar disposta a arriscar uma vida normal e estruturada para ter uma boa experiência”, contou Mark ao CNN Travel.
“Fiquei muito intrigado com seu estilo de vida e com o que ela conseguia fazer com relativamente pouco dinheiro – e com o quanto ela tinha conseguido ver locais, ir a lugares e vivenciar coisas.”
Liesbet cruzou com Mark várias vezes ao longo dos dias seguintes. Acontece que Mark era muito amigo de Nik, e por isso Mark, Nik, Liesbet e Karl saíam juntos com frequência.
“Saímos para beber”, lembra Liesbet, “Mark era velejador e nos levou para velejar. O grupo foi ficando um pouco mais próximo.”
Mark gostou de Liesbet, mas estava ciente de que não deveria ultrapassar nenhum limite – ela e Karl pareciam bastante comprometidos. Mas, à medida que os dias passavam e a semana em São Francisco se transformava em três, os sentimentos de Mark começaram a transbordar e ele começou a suspeitar que era recíproco.
Quanto a Liesbet, a estada em São Francisco parecia surreal. Ela sabia que estava se apaixonando por Mark. E não sabia o que fazer a respeito.
“O Karl estava empolgado com a próxima etapa da nossa viagem – iríamos encontrar meus pais em algum momento na Califórnia e depois iríamos para o México”, recorda Liesbet. “E toda vez que ele tocava no assunto, eu… ficava quieta.”
“Quanto mais o tempo passava, as coisas ficavam cada vez mais carregadas de emoção, como se meu coração batesse mais forte quando nos sentávamos um ao lado do outro no sofá, conversando”, diz Liesbet Collaert.
Karl incentivou Liesbet e Mark a passarem um tempo juntos – seriam só ele e Liesbet nos próximos meses, então ele achou que seria bom para os dois aproveitarem outras interações sociais enquanto pudessem.
“Quanto mais o tempo passava, as coisas ficavam cada vez mais carregadas de emoção, como se meu coração batesse mais forte quando nos sentávamos um ao lado do outro no sofá, conversando,” recorda Liesbet.
Na noite anterior à partida de Liesbet, ela e Mark se viram sozinhos no apartamento dele. Mark estava mostrando a ela álbuns de fotos de seus anos de faculdade, e os dois estavam contando histórias sobre suas vidas antes de se conhecerem.
“Em algum momento, ele colocou o braço em volta de mim, e eu só lembro que meu coração acelerou. E acho que me virei. E acho que foi assim que aconteceu”, disse Liesbet.
“Nós nos beijamos”, contou Mark. “Ficamos felizes, mas também nos sentimos mal. Porque, obviamente, ela estava em um relacionamento. E tenho quase certeza de que ela iria embora no dia seguinte”.
Quando Liesbet foi embora naquela noite, o único reconhecimento do que aconteceu foram as palavras de despedida de Mark:
“Se um dia você terminar com Karl, só me avise e eu irei buscá-la onde quer que esteja”, prometeu.
Uma decisão espontânea
No dia seguinte, Liesbet e Karl se preparavam para se despedir de São Francisco. Mark foi trabalhar, sabendo que eles já teriam ido embora quando ele voltasse.
Enquanto ajudava Karl a arrumar o trailer, Liesbet lutava contra um sentimento crescente de pavor.
Ela não sabia o que o futuro lhe reservava. Mas sabia que não podia continuar com Karl, fingindo que seus sentimentos por Mark não significavam nada.
Ela decidiu que tinha de contar a verdade para Karl.
“Eu sinto algo por Mark”, disparou. “Acho que vou acabar voltando para cá”.
Ela tentou parecer confiante e determinada, mascarando o medo, a tristeza e a confusão que sentia. Karl parecia chocado, mas não tentou convencê-la a ficar com ele.
“Ele ficou muito triste”, lembra Liesbet. “Ele simplesmente disse: ‘Se você acha que vai voltar, é melhor ficar’”.
Assim, em vez de entrarem juntos no trailer e seguirem viagem, Liesbet e Karl foram ao banco e dividiram o dinheiro. Depois, ela tirou todos os seus pertences do trailer e se despediu do namorado de três anos.
“Foi um momento muito, muito difícil para nós dois”, afirmou Liesbet.
Ela viu Karl ir embora no trailer, enxugando as lágrimas. Em seguida, voltou para o bloco de apartamentos, entrou na casa de Mark e jogou suas coisas em um canto. Sentindo-se emocional e fisicamente exausta, ela deitou na cama de Mark e foi confortada pelos dois cães dele.
“Depois, chorei pelo resto do dia”, contou Liesbet. “Não foi uma decisão fácil.”
Horas depois, quando Mark chegou do trabalho, a primeira coisa que reparou foi que a campervan tinha desaparecido. O coração dele ficou apertado.
“Provavelmente nunca mais vou ouvir falar dela”, pensou.
Tentou não pensar mais nisso, estacionou o carro e entrou no prédio.
“Subi até o apartamento e a porta estava destrancada, o que achei um pouco estranho”, recorda Mark.
Ele entrou, esperando ser recebido por seus cães, que geralmente esperavam por ele na porta. Em vez disso, eles saíram do quarto.
“Eles estavam abanando o rabo e felizes em me ver, e eu meio que me deitei no chão – como faço com os cães – e brinquei com eles e fiz festa”.
Mark se consolou com o carinho dos cães, tirando os pensamentos sobre Liesbet da cabeça.
“E aí, não sei, uns quatro, cinco segundos depois – Liesbet saiu pela porta do quarto”.
Mark deu um pulo, olhando para ela incrédulo, e depois xingou em voz alta.
“Meu queixo caiu no chão”, comentou. “Eu estava em choque.”
Liesbet interpretou a reação de Mark como uma indicação de que ela tinha cometido um “grande erro”.
“Talvez não tenha sido uma boa ideia”, pensou. As lágrimas que tinham caído livremente durante o dia todo ameaçavam recomeçar.
Mas aí Mark se levantou e a abraçou, dando-lhe um longo abraço.
Eles ficaram de pé, abraçados, por um longo tempo. Depois, com calma, Mark perguntou por que ela estava lá.
“Decidi ficar”, falou Liesbet.
Um novo capítulo
Foi assim que Liesbet foi morar com Mark depois de conhecê-lo há apenas algumas semanas. Depois que Mark superou o choque inicial, ele ficou eufórico e os dois passaram as semanas seguintes em um estado de pura felicidade.
“Eram muitas emoções e muita animação”, disse Mark.
“Tinha o romance de estarmos juntos e podermos expressar nossos sentimentos um pelo outro”, acrescentou Liesbet.
Mas nem tudo era perfeito – Liesbet ainda “se sentia culpada e mal por causa de Karl”.
Ela também questionou sua decisão de abandonar as aventuras.
“No passado, eu tinha deixado namorados pelas viagens”, explicou. “Com Mark, foi o oposto: eu estava abrindo mão das minhas viagens por um homem, então tive dificuldades com isso.”
Além disso, havia questões logísticas em jogo – o visto de turismo de Liesbet só permitia que ela ficasse nos EUA por mais um mês. Ela não podia simplesmente viver, sem emprego e sem visto, no apartamento de Mark no futuro próximo, e nem queria.
Mas nem ela nem Mark conseguiam fazer planos de longo prazo naquela hora. No fim, Liesbet pediu uma prorrogação do visto, que foi concedida, e os dois deixaram de lado as ideias de longo prazo e decidiram apenas aproveitar o momento.
Cerca de um mês depois de se mudar para a casa de Mark, Liesbet viajou com ele para a Costa Leste para conhecer sua família. Alguns meses depois, os pais de Liesbet vieram visitá-la. Suas respectivas famílias aceitaram muito bem a mudança repentina de circunstâncias, e todos se deram bem.
Com o passar do tempo, Liesbet e Mark começaram a conversar sobre possíveis aventuras que poderiam fazer juntos quando o visto americano de Liesbet vencesse. Como velejador entusiasta, Mark sempre sonhou em passar um longo período na água.
Liesbet era propensa a enjoos, mas estava disposta a experimentar a vida no mar. Ela estava empolgada com o fato de Mark parecer a fim de uma aventura e, por mais que estivesse gostando de São Francisco, já estava inquieta.
Assim, em 2005, Mark largou o emprego e o casal comprou um veleiro, planejando navegar pela costa da Califórnia em direção à América do Sul.
“Foi, sem dúvida, um grande salto no escuro”, disse Mark.
Infelizmente, a aventura teve um início turbulento. Liesbet estava sofrendo com os enjoos, e os cães de Mark detestavam ficar na água.
Depois de apenas dois dias no mar, o casal decidiu abandonar o barco, colocá-lo à venda e comprar uma campervan.
“Ironicamente, eu estava ‘de volta aos planos’, mas com um namorado diferente e dois cachorros”, comentou Liesbet.
Um obstáculo na estrada
Liesbet e Mark passaram o ano seguinte dirigindo pela América Central, viajando para o Panamá e depois de volta para o Texas.
O início, conta Mark, foi uma “lua de mel”.
“Você curte a companhia do outro e o crescimento do relacionamento, esse tipo de coisa”, prosseguiu. “Mas, sem dúvida, batemos num obstáculo.”
Liesbet sentia Mark se afastando. “Ele não estava segurando a minha mão”, recorda. “Tinha algo nele que estava um pouco estranho.”
A situação piorou. Então, quando chegaram a Honduras, Mark disse que queria terminar tudo.
Liesbet poderia ter ido embora e voltado para a Bélgica. Mas algo a fez ficar. E assim, nos últimos meses da viagem, ela e Mark viveram juntos, mas separados, nos limites apertados da campervan.
Ambos se sentiam sozinhos e estavam sofrendo.
Eles chegaram ao Texas, onde tinham combinado de ficar com Karl – sim, o ex-namorado de Liesbet, Karl. Já fazia mais de um ano que Liesbet havia terminado com ele, e ele agora estava namorando outra pessoa, vivendo feliz em Austin.
Quando combinaram tudo, Liesbet e Mark estavam apaixonados. Agora tudo estava estranho.
“O Mark ficou na campervan na garagem de Karl, e eu fiquei no quarto de hóspedes”, contou Liesbet, acrescentando que foi “tudo muito irônico”.
As coisas pioraram antes de melhorar: um dia, Mark foi embora sem avisar Liesbet, e ela não fazia ideia se ele voltaria. Depois de três dias, ela recebeu uma ligação dele, do nada.
“Estou muito arrependido da minha decisão”, disse Mark. “Queria recomeçar.”
Hoje, Mark acha que a separação foi o resultado de se sentir sobrecarregado – sua vida tinha mudado muito rápida e drasticamente, e passar 24 horas por dia com alguém num espaço tão apertado não é fácil.
Mas quando partiu, sozinho, em Austin, teve “muito tempo para pensar no que queria fazer e com quem gostaria de fazer”.
“Tudo apontava para ela”, afirmou.
Liesbet e Mark reataram, mas dessa vez pensaram muito bem antes de dar grandes passos.
“Quando voltamos, tivemos longas conversas sobre o que podíamos melhorar na nossa relação, sobre as coisas que cada um de nós precisava, pessoalmente, para fazer com que isso funcionasse para ambos, para que pudéssemos ter um bom relacionamento, mas também para que ambos, como indivíduos, pudéssemos estar num lugar melhor”, explicou Mark.
A partir daí, Liesbet e Mark continuaram viajando juntos e ambos começaram a trabalhar como freelancers na estrada. Eles decidiram dar outra chance ao sonho de velejar – dessa vez comprando um barco maior, um catamarã, que era mais estável e confortável tanto para Liesbet quanto para os cães.
O casal partiu para as Bahamas e depois para a República Dominicana. Mais tarde, navegaram pelo Canal do Panamá e pelas Ilhas Galápagos até a Polinésia Francesa.
Durante toda essa experiência, Liesbet e Mark atuaram como “uma equipe”, disse Liesbet.
Em 2007, Liesbet e Mark se casaram.
Sua primeira celebração foi uma pequena e simples cerimônia civil, com apenas alguns amigos como testemunhas. Três anos mais tarde, fizeram uma festa de casamento maior com todos os seus entes queridos, em St. Maarten.
Durante a cerimônia, Mark fez o pedido de casamento atrasado – ele nunca tinha oficialmente pedido sua mão em 2007, mas parecia adequado fazê-lo agora, na frente dos amigos e da família de Liesbet.
Segundo Liesbet, foi “engraçado e romântico ao mesmo tempo”.
Tempos difíceis
Um dia, em 2014, Mark estava sozinho no catamarã quando notou um caroço no peito, logo acima do mamilo direito.
No início daquela semana, Mark também havia tropeçado e batido em seu peito direito.
“Doeu muito mais do que eu achava que devia doer”, relembra.
Isso, combinado com o caroço, acendeu um alerta na mente de Mark. No ano anterior, a irmã dele havia falecido de câncer de ovário. Quais eram as probabilidades de ele também ter câncer? E quais eram as chances de ele ter o que parecia ser um câncer de mama masculino?
Ele parou de pensar nisso, e só mencionou o nódulo para Liesbet rapidamente, de passagem, quando ela chegou em casa.
Porém, um mês depois, Mark e Liesbet decidiram que o caroço “não estava piorando visivelmente, mas também não estava melhorando”.
Uma biópsia num hospital no Taiti confirmou que Mark tinha um tipo de câncer de mama.
“Seu mundo inteiro desaba quando você ouve aquelas palavras: ‘Você tem câncer’”, disse Mark.
“No começo, você não acredita”, falou Liesbet.
Os dois também tiveram de lidar com a relativa raridade de um diagnóstico de câncer de mama masculino.
“Foi uma grande montanha-russa de emoções nas primeiras semanas”, contou Mark.
Mark voltou para os EUA para fazer o tratamento. Ele não teve muita dificuldade física, mas achou o lado emocional difícil, “especialmente depois de perder minha irmã há um ano, tendo isso bem presente na minha mente sobre o que o câncer causa, intimamente, numa relação familiar”.
Ele sentiu “euforia” quando finalmente teve alta.
“Mas, definitivamente, há muitos elementos de depressão que acompanham esse tipo de diagnóstico nesse tipo de situação, porque isso nos persegue pelo resto da vida”, continuou.
Hoje, Mark administra seus medos e incertezas o melhor que pode.
“Tenho muita sorte por ter sido assim. Não sei se sorte é a palavra certa. Mas pode-se dizer que sim”, concluiu.
Mark e Liesbet apoiaram-se mutuamente durante a doença de Mark. Então, quando Mark terminou o tratamento, eles começaram a pensar no que fazer em seguida. Eles ainda queriam aventura, mas sentiam a necessidade de um novo capítulo.
Deixaram a vela para trás e começaram a viajar pela América do Norte, cuidando de casas e animais de estimação. Mais tarde, compraram outra campervan e voltaram para a estrada, viajando de novo e para mais longe.
Na estrada
Hoje, quase vinte anos depois de terem se conhecido, Mark e Liesbet ainda estão viajando juntos pelo mundo. Eles documentam suas viagens em seu blog, “Roaming About”, e Liesbet também publicou um livro de memórias de viagem chamado “Plunge – One Woman’s Pursuit of a Life Less Ordinary”.
O casal não se vê fixando residência em um lugar tão cedo, mas tem uma lista mental de lugares que visitaram e adoraram e para os quais talvez voltem um dia.
Liesbet e Mark ainda se veem como uma equipe forte. Viajar pelo mundo e enfrentar as dificuldades ao longo do caminho, especialmente a doença de Mark, só os aproximou ao longo das décadas.
“Não consigo imaginar outra pessoa com quem eu teria vivido os últimos 20 anos da minha vida, nem essa aventura em que estamos agora”, diz Mark Kilty.
“São coisas emocionais importantes e que mudaram a nossa vida”, disse Liesbet. “Acho que, por causa das dificuldades que tivemos, ficamos mais próximos e podemos enfrentar praticamente tudo agora, para ser sincera, e sei que isso parece grandioso ou algo do gênero, mas acho que podemos lidar com muita coisa como um casal agora”.
Ao relembrar a vida que tiveram juntos, Mark diz que simplesmente sente “alegria, felicidade e contentamento”.
“Não consigo imaginar outra pessoa com quem eu teria vivido os últimos 20 anos da minha vida, nem essa aventura em que estamos agora”, completou.
Para Liesbet, sua história ilustra a importância de viver a vida sem arrependimentos. Ela nunca se arrependeu de sua decisão espontânea de ficar com Mark em São Francisco – mesmo que não tivesse dado certo, ela sabia que tinha que dar uma chance a uma vida com Mark.
“Acho que não devemos nos arrepender de coisas que poderíamos ter tentado”, concluiu. “Sinto que vale a pena tentar”.
Fonte: CNN Brasil.