Desde 2019, a empresa norte-americana CrossFit Inc possui exclusividade da marca no Brasil e tem travado diversas disputas judiciais contra academias que utilizam o nome da prática sem autorização.
Em 2010, a empresa realizou o pedido de registro ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). No entanto, o órgão negou a solicitação, considerando que se tratava de uma “expressão de uso comum para o segmento”.
A CrossFit Inc conseguiu reverter a decisão por meio de recurso, e o INPI lhe permitiu a exclusividade em janeiro de 2019. Desde então, a empresa passou a acionar academias em todo o Brasil para solicitar a retirada do nome “crossfit” e sua utilização em fachadas, sites, redes sociais e uniformes.
O programa de movimentos funcionais, constantemente variados, executados em alta intensidade, é popularmente conhecido por levar as pessoas a frequentarem os chamados “boxes” para praticar a modalidade e funciona por meio de filiação. Apenas aqueles que possuem licença podem utilizar a marca e oferecer o treinamento.
Academias e unidades que não estão licenciadas podem se tornar alvos de processos judiciais. Em caso de uso indevido do nome, pode ocorrer condenação ao pagamento de indenização por danos morais e materiais, além de multas em caso de descumprimento de decisões judiciais.
Atualmente, existem cerca de 600 academias afiliadas à CrossFit Inc no Brasil.
Como funciona a filiação à marca CrossFit Inc?
O custo é de R$12.000 por ano, com a possibilidade de parcelamento em 12 vezes de R$1.000 A filiação à CrossFit pode ser realizada em moeda nacional desde setembro de 2022. Também há a exigência de que o proprietário ou representante conclua um curso de treinamento.
A prática que nasceu em meados de 1990 nos Estados Unidos e chegou no Brasil em 2009. O primeiro espaço foi aberto em São Paulo.
Segundo um relatório feito pela comunidade global de profissionais de fitness e bem-estar, International Health, Racquet & Sportsclub Association (IHRSA), em 2019, o mercado fitness brasileiro lucrou cerca de US$ 2,1 bilhões (aproximadamente R$ 12 bilhões atualmente) com esse tipo de mercado.
Revista Oeste