Um cliente tentou encher um galão d’água de 20 litros com refil de refrigerante servido por uma rede de fast food em Itapevi, na Grande São Paulo. O registro feito na terça-feira (18) no Shopping Itapevi Center viralizou. Placa com regras do “free refill” mostra que a prática não é permitida.
A situação chamou a atenção de quem estava na praça de alimentação. A mulher, que flagrou a cena, diz que os funcionários ficaram constrangidos e tiveram que desligar a máquina: “Achei uma falta de respeito”, conta a cliente, que não quis se identificar.
Cliente tenta encher galão de 20 litros com refil de refrigerante em lanchonete e imagens viralizam pic.twitter.com/JkLiFmMlq1
— Junior Melo TERRA🇧🇷🇮🇱 (@juniormelorn_) July 25, 2023
Um vídeo mostra parte da conversa entre o funcionário e o cliente, que diz: “Paguei a parada. É seu?” “Se eu paguei à vontade e tomar tudo isso aqui?”
O Burger King foi procurado pelo g1, mas a “empresa preferiu não se posicionar a respeito deste tema”. O rapaz que aparece nos registros não foi encontrado, e o Itapevi Center afirmou que não irá se manifestar.
Ao lado da máquina havia uma placa branca e laranja com as regras do fornecimento do produto: “Beba do seu jeito. Free Refill por 30 minutos”. A norma estabelece os seguintes pontos sobre o refrigerante “à vontade”:
- Direito ao refil com apresentação do cupom fiscal e com o copo da rede;
- Direito ao reabastecimento durante 30 minutos a partir da compra;
- Não é válido após o fechamento do estabelecimento;
- Copo de uso individual, intransferível. O texto ainda detalha que “é vedada a transferência das bebidas do copo para quaisquer outros recipientes estranhos ao presente regulamento”.
- “Evite desperdício.” Os restaurantes reservam “para si o direito de impedir quaisquer formas de desperdício ou aproveitamento indevido do produto como atos de revenda, transferência ou compartilhamento de terceiros, seja usando o copo, seja usando quaisquer outros recipientes”.
De acordo com a advogada Cecilia Mello, especialista em Lei do Consumidor, a oferta de refil é divulgada para consumo próprio, semelhante aos rodízios em restaurantes.
Dependendo do caso, ele pode até ser enquadrado em furto famélico, quando o delito é motivado pela necessidade de sobrevivência, na maioria das vezes por causa da fome.
Fonte: G1.