Declaração ocorre após Ministro da Fazenda afirmar que a aprovação da reforma tributária será um “golpe duro no patrimonialismo”
O âncora da Rádio Bandeirantes Cláudio Humberto comentou na manhã desta quinta-feira (13) a respeito das recentes declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), sobre os impactos que a reforma tributária trará para a população brasileira.
Em entrevista coletiva realizada nesta manhã, o petista considerou que a medida será um “golpe duro no patrimonialismo”. A fala foi realizada junto aos relatores do texto na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM).
Na visão de Humberto, a fala do comandante da pasta econômica é “gravíssima” e representa uma “ameaça” contra os brasileiros que trabalham para prosperar.
Ele quer dizer o quê? Que a reforma pune quem conseguiu, com muito sacrifício, reunir algum patrimônio? A pessoa que tem sua casa e seu carro? A pessoa que tem a sua poupança ou investe parte do seu salário numa renda passiva pelo marcado financeiro? Golpe duro no patrimonialismo é quem consegue construir um futuro? É muito grave isso.
Aventado sobre a possibilidade da declaração de Haddad ser política, de olho no futuro, já que o ministro da Fazenda melhorou sua avaliação pública após a aprovação da reforma tributária na Câmara dos Deputados, o comentarista pontuou que o petista mente ao dizer que não haverá aumento de impostos.
O ministro deu declarações ameaçando uma tributação ainda maior do que aquela que está naquela reforma. Políticos mentiram dizendo que não haveria aumento de impostos e sim uma simplificação de vários impostos num só. Trouxe aqui o exemplo do imposto gravíssimo que pode incidir sobre profissões liberais, como médicos, psicólogos e advogados. O que eles pagavam antes de impostos, vai multiplicar por quase 10 vezes. Há profissões que podem pagar quase 50% de tributos.
Cláudio, por fim, ressaltou que políticos são representantes da população e que é preciso pensar nos impactos que uma possível aprovação da reforma tributária, nos atuais moldes, poderão causar. “O problema é que os deputados e senadores não podem esquecer, agora a bola está com os senadores, de onde eles vem e quem eles representam. A serviço de que eles estão? Quando o relator diz que não há espaço para aumento tributário, ou ele revela desconhecimento do projeto que está relatando, ou está contando lorota”, finalizou.