A Polícia Civil de Taboão da Serra, Grande São Paulo, prendeu na manhã desta sexta-feira (28/7) na Praia Grande, litoral sul paulista, um foragido da Justiça apontado como líder de uma quadrilha especializada em invadir e roubar residências (assista abaixo). Em razão de seu nanismo, Rodrigo dos Santos Amaral, de 25 anos, é conhecido no mundo do crime como Anão. Durante a prisão, ele foi alvo de chacota por parte dos policiais, que zombaram de sua dificuldade para subir na viatura: “Pega a escada”.
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O delegado seccional de Taboão da Serra, Hélio Bressan, afirmou ao Metrópoles, logo após a prisão de Rodrigo, que a quadrilha chefiada por ele estaria envolvida na morte do policial militar aposentado Ricardo Boide, de 54 anos.
⏯️ Polícia prende “Anão”, suspeito de liderar assaltos, e zomba: “Pega a escada”.
Homem chefiava grupo investigado pela morte de um PM aposentado ocorrida este mês; foragido, “Anão” foi preso no litoral com documento falso.
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— Metrópoles (@Metropoles) July 28, 2023
Como mostrou o Metrópoles, o tenente da reserva foi amarrado, espancado e torturado na frente da família, na noite de 4 de julho. O corpo dele foi encontrado, com diversos tiros, no dia seguinte no bairro São Marcos, área rural de Itapecerica da Serra, nas proximidades da casa do oficial da reserva.
A PM afirmou na ocasião que seis criminosos invadiram a casa do segundo-tenente, renderam a família e, quando ele chegou, realizaram o sequestro. A esposa da vítima disse que os criminosos sabiam que o marido era policial e estavam em chamada de vídeo com um comparsa enquanto mantinham todos rendidos.
Bando violento
O delegado seccional de Taboão afirmou que Rodrigo não está diretamente ligado à morte do policial militar, mas chefia a quadrilha que executou o PM da reserva. Ele explicou que o bando criminoso sempre agia de forma agressiva, batia nas vítimas e exigia que elas fizessem transferências bancárias. Além disso, roubavam objetos de valor, bens, carros e armas.
Contra Anão a Justiça havia expedido um mandado de prisão temporária, em abril deste ano, por causa das investigações da Polícia Civil da Grande São Paulo.
“Iniciamos as investigações já no primeiro roubo à residência [no início do ano] e identificamos que o Anão é o cabeça do bando. Ele cuidava da parte financeira da quadrilha.”
Quando o PM aposentado foi executado, acrescentou o delegado seccional, a quadrilha já havia realizado ao menos oito roubos de residência, incluindo a casa do tenente da reserva. Os sequestradores roubaram na ocasião três veículos e armamentos, que foram encontrados.
Até o momento, com a prisão de Rodrigo, a polícia já colocou atrás das grades oito membros da quadrilha, entre os quais dois filhos de um policial militar, que estariam envolvidos na morte de Ricardo Boide.
As investigações localizaram Anão na Praia Grande, onde estava foragido e usando documento falso. “Já identificamos outros membros da quadrilha e garanto que, em breve, estarão todos presos”, disse Bressan.
Procurada para comentar o fato de Rodrigo ter sido alvo de chacota por parte dos policiais que o prenderam, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) não se manifestou.
Metrópoles